Contradições da República romana: o surgimento do poder pessoal

A partir da segunda Guerra Púnica, ocorrida em fins do século III a. C., a sociedade romana passou por um processo de transformação que enfraqueceria as instituições republicanas controladas pelos grupos oligárquicos de Roma. A República, criada por volta do ano 509 a. C. substituira a realeza e pre...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Alex Aparecido da Costa
Format: Article
Language:Portuguese
Published: Universidade Estadual de Maringá 2014-01-01
Series:Revista Espaço Acadêmico
Subjects:
Online Access:https://periodicos.uem.br/ojs/index.php/EspacoAcademico/article/view/22037
Description
Summary:A partir da segunda Guerra Púnica, ocorrida em fins do século III a. C., a sociedade romana passou por um processo de transformação que enfraqueceria as instituições republicanas controladas pelos grupos oligárquicos de Roma. A República, criada por volta do ano 509 a. C. substituira a realeza e pretendera evitar o retorno de uma figura monárquica que ultrapasse o poder dos nobres patrícios. Para isso foram criados cargos políticos e militares colegiados com duração de um ano, denominados magistraturas, como forma de diluir o poder entre seus membros. Todavia, a expansão imperialista de Roma pelo Mediterrâneo levou ao limite esses instrumentos conservadores. A partir de então, baseados nas tradições romanas e na necessidade de adequar as instituições à realidade imperial, políticos e militares iniciaram uma marcha em busca de poder pessoal, pelo qual reivindicaram para si a responsabilidade de restaurar a República, mas com o qual, contraditoriamente, apressaram seu fim.
ISSN:1519-6186