Relação espécie-área em campos de murundus com diferentes históricos de perturbação

Atividades antrópicas promovem alterações em diversas características abióticas do meio, ocasionando mudanças em um dos mais consistentes padrões da ecologia, a relação espécie-área. Objetivamos avaliar as relações entre riqueza/abundância de plantas e área dos montes em campos de murundus (campos s...

Full description

Bibliographic Details
Main Authors: Cibele de Cássia Silva, Daniel Meira Arruda, Rúbia Santos Fonseca
Format: Article
Language:English
Published: Universidade Federal de Goiás 2016-12-01
Series:Revista de Biologia Neotropical
Subjects:
Online Access:https://www.revistas.ufg.br/RBN/article/view/36705
Description
Summary:Atividades antrópicas promovem alterações em diversas características abióticas do meio, ocasionando mudanças em um dos mais consistentes padrões da ecologia, a relação espécie-área. Objetivamos avaliar as relações entre riqueza/abundância de plantas e área dos montes em campos de murundus (campos sazonalmente alagados com montes espaçados) circundados por matriz antrópica. Ademais, avaliamos como atividades antrópicas afetam essas relações e as síndromes de dispersão das comunidades. Amostramos dois campos de murundus, ambos circundados por monoculturas, um impactado (CMI) e outro protegido (CMII). Encontramos redução no número de espécies com o aumento da área do murundu no CMI e relação oposta no CMII. A abundância de indivíduos foi positivamente relacionada à área do murundu nos dois campos. Já em relação à síndrome de dispersão, a maior diversidade de síndromes foi encontrada no CMI. A área é um fator determinante dos padrões de riqueza e abundância de plantas nos murundus, mesmo em ecossistemas circundados por matriz antrópica. Como os campos avaliados estão expostos às mesmas condições climáticas e apresentam estrutura semelhante, a relação espécie-área negativa encontrada no CMI indica que a pressão antrópica nesse campo já foi efetiva em eliminar espécies e romper com um padrão esperado para as comunidades naturais.
ISSN:1807-9652
2178-0579