O ícone e o ídolo em alguns poemas de Ruy Belo

Este artigo discute as relações entre poesia, filosofia e teologia nas seguintes obras de Ruy Belo: Aquele grande rio Eufrates (1961) e Transporte no tempo (1973). As análises de alguns poemas fundamentam-se nas distinções teóricas entre ícone e alegoria presentes em Gilbert Durand, A imaginação sim...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Marcos Aparecido Lopes
Format: Article
Language:Portuguese
Published: Universidade Federal da Grande Dourados 2008-12-01
Series:Raído
Subjects:
Online Access:http://ojs.ufgd.edu.br/index.php/Raido/article/view/81
Description
Summary:Este artigo discute as relações entre poesia, filosofia e teologia nas seguintes obras de Ruy Belo: Aquele grande rio Eufrates (1961) e Transporte no tempo (1973). As análises de alguns poemas fundamentam-se nas distinções teóricas entre ícone e alegoria presentes em Gilbert Durand, A imaginação simbólica, e em Jean-Yves Leloup, O ícone: uma escola do olhar. O recorte do corpus poético e teórico estabelece um diálogo com um dos procedimentos retóricos expressivos do poeta português: a descriptio (descrição de um objeto artístico – pintura, escultura ou fotografia – em que o sujeito lírico apresenta a sua mundividência). A indagação última é averiguar se Ruy Belo reorientou a interlocução entre a criação poética e os discursos filosóficos e teológicos da cultura portuguesa.
ISSN:1984-4018