MANIFESTAÇÕES HEMATOLÓGICAS CLÍNICAS E LABORATORIAIS DOS PACIENTES ACOMPANHADOS EM AMBULATÓRIO DE HEMATOLOGIA DE BAIXA COMPLEXIDADE NO INTERIOR DO RIO DE JANEIRO

Objetivos: Avaliar a frequência das principais manifestações hematológicas clínicas e laboratoriais encontradas nos pacientes acompanhados em ambulatório de hematologia de baixa complexidade no município de Silva Jardim, no interior do Rio de Janeiro. Material e métodos: Trata-se de um estudo descri...

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Bibliographic Details
Main Authors: KG Frigotto, GSB Garcia, VRA Valviesse, CFDS Tiago, MGF Ávila
Format: Article
Language:English
Published: Elsevier 2021-10-01
Series:Hematology, Transfusion and Cell Therapy
Online Access:http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S2531137921001656
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description Objetivos: Avaliar a frequência das principais manifestações hematológicas clínicas e laboratoriais encontradas nos pacientes acompanhados em ambulatório de hematologia de baixa complexidade no município de Silva Jardim, no interior do Rio de Janeiro. Material e métodos: Trata-se de um estudo descritivo utilizando dados dos atendimentos médicos realizados no ambulatório de hematologia no município de Silva Jardim (RJ), no período de maio de 2021 a julho de 2021. Os dados foram coletados do Boletim de Atendimento Médico (BAM) dos pacientes no Sistema de Inteligência Médica (SIM). Atualmente, 59 pacientes são acompanhados no ambulatório, porém 15 pacientes foram excluídos do estudo porque ainda não tinham diagnóstico confirmado. O programa Microsoft Excel foi utilizado para tabulação e análise dos dados. Resultados: Foram analisados dados do BAM de 44 pacientes. As alterações hematológicas clínicas e laboratoriais encontradas observadas foram: anemia isolada (47,73%), trombocitopenia (13,64%), leucopenia (11,36%), linfoadenomegalia (9,10%), pancitopenia (6,82%), bicitopenia (2,27%), coagulopatia (2,27%), esplenomegalia (2,27%), trombocitose (2,27%), e hiperferritinemia (2,27%). As causas mais comuns de anemia isolada identificadas foram: deficiência de ferro (61,9%), anemia falciforme (23,8%), anemia da doença renal (9,5%), e deficiência de B12 (4,8%). A trombocitopenia teve como causas a púrpura trombocitopênica idiopática (PTI) (50%) e a SAAF (50%). Foram identificadas como causas de leucopenia a neutropenia benigna étnica (60%) e doenças virais (40%). A linfonodomegalia teve como causas um caso de linfoma (25%) e linfonodomegalia benigna (75%). Já a pancitopenia teve como causas a síndrome mielodisplásica (66,7%) e cirrose hepática (33,3%). A trombocitose encontrada teve como causa a trombocitemia essencial. Já a coagulopatia encontrada teve como causa hemofilia, e a hiperferritinemia foi causada por excesso de ingestão de sulfato ferroso. O paciente com esplenomegalia foi devido a uma hepatopatia, e o paciente com bicitopenia a causa era mielodisplasia. Discussão: A anemia é a alteração hematológica mais comum observada na população em geral. A literatura cita que dentre as causas de anemia, a por deficiência de ferro e a mais comum, o que vai de acordo com os resultados observados neste trabalho. A segunda alteração hematológica mais frequente observada neste trabalho foi a trombocitopenia. Segundo a literatura, a causa mais comum de trombocitopenia são as doenças hepáticas, como por exemplo a cirrose hepática. Mas neste estudo, a PTI foi a causa mais comum de trombocitopenia. Isso pode ser atribuído ao fato de pacientes com doença hepática geralmente serem acompanhados por um clínico geral ou hepatologista, e não em ambulatório especializado em hematologia. Conclusão: Apesar da pequena amostra do estudo, a sua comparação com outros estudos previamente publicados contribui para a hipótese de que a alteração hematológica mais comum é a anemia, sendo a causa mais comumente encontrada a anemia por deficiência de ferro. Já a trombocitopenia, diferente do esperado que a causa mais frequente seria por doença hepática, neste estudo a causa mais comum observada foi a PTI. Esse fato pode ser atribuído pelo o estudo ser realizado em um ambulatório especializado em hematologia, e os pacientes com doenças hepáticas em sua grande maioria serem acompanhados por um clínico geral ou hepatologista.
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