Trajetória formativa de uma acadêmica cega em um curso de pedagogia: tempos e espaços formativos em tempos de inclusão

As discussões e reflexões apresentadas neste artigo possibilitam indicar aspectos e dimensões a serem considerados no que tange à inclusão de pessoas com deficiência no Ensino Superior. Temos como objetivo compreender como a dinâmica institucional, as barreiras atitudinais e a dinâmica pedagógica r...

Full description

Bibliographic Details
Main Authors: Andiara Dewes, Sabrina Fernandes de Castro
Format: Article
Language:Portuguese
Published: Universidade Estadual Paulista Julio de Mesquita Filho 2018-04-01
Series:Revista Diálogos e Perspectivas em Educação Especial
Subjects:
Online Access:https://revista-teste.marilia.unesp.br/index.php/dialogoseperspectivas/article/view/7808
Description
Summary:As discussões e reflexões apresentadas neste artigo possibilitam indicar aspectos e dimensões a serem considerados no que tange à inclusão de pessoas com deficiência no Ensino Superior. Temos como objetivo compreender como a dinâmica institucional, as barreiras atitudinais e a dinâmica pedagógica refletem na trajetória formativa durante a formação inicial de uma estudante cega. Este estudo é oriundo de uma pesquisa qualitativa do tipo estudo de caso. Como sujeito tivemos uma estudante cega egressa de um curso de Pedagogia de uma IES comunitária. Entrevista semiestrutura foi o instrumento de coleta de dados. A partir da narrativa da egressa evidenciamos que, no que tange às suas vivências na Educação Superior, a existência de legislações é o primeiro passo para o reconhecimento e a implementação de ações e medidas que visam o acesso e a permanência de pessoas com deficiências nos ambientes educativos deste nível de ensino. Por mais que haja a previsão legal, a concretização da inclusão perpassa a eliminação das barreiras arquitetônicas, pois conforme evidenciamos no relatado da egressa, não basta ter acesso aos prédios com acessibilidade, a locomoção no interior integra os aspectos físicos que interferem na autonomia e independência de deslocamento da pessoa cega. Atrelado a esses aspectos, e se colocado em escala de complexidade, a dimensão mais delicada é constituída pelo elemento humano, ou seja, pelas relações interpessoais, tanto no que tange aos colegas como aos profissionais que trabalham na IES, especialmente, os professores.
ISSN:2358-8845
2764-6440