ATRIBUTOS DE QUALIDADE DA VIGILÂNCIA DE SÍNDROME RESPIRATÓRIA AGUDA GRAVE NO PERÍODO PANDÊMICO E PRÉ-PANDÊMICO: SÉRIE TEMPORAL DE 2015 A 2021

Introdução/objetivos: O monitoramento da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) foi adotado no Brasil desde 2009. Durante a pandemia de COVID-19 houve um cenário disruptivo epidemiológico no Brasil. Objetivos: avaliar os atributos de qualidade da vigilância de síndrome respiratória aguda grave (SR...

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書誌詳細
主要な著者: Carolina Marano Cunha, Mariângela Ribeiro Resende
フォーマット: 論文
言語:English
出版事項: Elsevier 2023-10-01
シリーズ:Brazilian Journal of Infectious Diseases
主題:
オンライン・アクセス:http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S1413867023007717
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author Carolina Marano Cunha
Mariângela Ribeiro Resende
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description Introdução/objetivos: O monitoramento da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) foi adotado no Brasil desde 2009. Durante a pandemia de COVID-19 houve um cenário disruptivo epidemiológico no Brasil. Objetivos: avaliar os atributos de qualidade da vigilância de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) de 2015 a 2021 em adultos, em hospital de referência terciária no sudeste brasileiro em dois períodos distintos. Métodos: estudo de série temporal compreendendo coorte de casos notificados de SRAG de base hospitalar. Foram incluídos pacientes adultos com idade maior ou igual a 18 anos notificados como SRAG pelo Núcleo de Vigilância Epidemiológica do Hospital de Clínicas da UNICAMP no período de janeiro de 2015 a dezembro de 2021. Utilizou-se o modelo de série temporal SARIMAX. Resultados: Foram analisados 1.496 casos do período pré-pandêmico e 1.199 casos do período pandêmico. Identificou-se uma média anual de SRAG de 299 e 599 casos, respectivamente, com aumento expressivo na 11ª SE de 2020 até meados da 30ª SE de 2021. Em 2020 e 2021, mais de 50% dos casos de SRAG foram definidos por infecção pelo Sars-Cov-2, principalmente por critério laboratorial e menos de 20% de SRAG no período pré-pandêmico definido como infecção pelo vírus Influenza. Dentre os atributos de oportunidade, o intervalo entre os primeiros sintomas e a internação foi significativamente menor no período pandêmico, correspondendo a uma mediana de seis dias, enquanto no período pré-pandêmico, tais valores corresponderam a uma mediana de 14 dias. O tempo de permanência na UTI foi maior no período pandêmico, com mediana de 12 dias em comparação a sete dias do período pré-pandêmico. O intervalo entre a internação e o desfecho clínico foi significativamente menor no período pandêmico, com mediana de 11 dias em comparação aos 36 dias do período pré-pandêmico. A evolução da doença se mostrou significativamente mais rápida na infecção por Sars-Cov-2 (p < 0,0001), com taxa de letalidade de 35,4%. Conclusões: O sistema de vigilância sindrômica apresenta qualidade e utilidade para a monitorização das síndromes respiratórias tanto em situações endêmicas como epidêmicas e por patógenos conhecidos ou emergentes. Entretanto, há a necessidade de qualificação do diagnóstico etiológico.
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