"Mornas eram as noites" e "Mulheres Sagradas"
O presente artigo propõe uma leitura analítica das obras Mulheres Sagradas da brasileira Aidil Araújo Lima e Mornas eram as noites, da cabo-verdiana Dina Salústio. O objetivo é propor um diálogo entre essas duas escritoras negras. A fundamentação parte da noção de ‘escrevivência’ proposta por Concei...
Main Authors: | , |
---|---|
Format: | Article |
Language: | Spanish |
Published: |
Universidade de São Paulo
2020-11-01
|
Series: | Revista Criação & Crítica |
Subjects: | |
Online Access: | http://www.revistas.usp.br/criacaoecritica/article/view/171766 |
_version_ | 1828427941949734912 |
---|---|
author | Rubens da Cunha Waleska Rodrigues de Matos Oliveira Martins |
author_facet | Rubens da Cunha Waleska Rodrigues de Matos Oliveira Martins |
author_sort | Rubens da Cunha |
collection | DOAJ |
description | O presente artigo propõe uma leitura analítica das obras Mulheres Sagradas da brasileira Aidil Araújo Lima e Mornas eram as noites, da cabo-verdiana Dina Salústio. O objetivo é propor um diálogo entre essas duas escritoras negras. A fundamentação parte da noção de ‘escrevivência’ proposta por Conceição Evaristo, além de proposições teóricas sobre a literatura de autoria feminina negra. Há temas recorrentes nas narrativas das escritoras: as violências contra as mulheres, o insistente silenciamento imposto pelo machismo e pelos racismos cotidiano e estrutural. No entanto, essas narrativas propõem o enfrentamento, a quebra dessa estrutura marcada de poder e de subserviência. Seja pelo reconhecimento da ancestralidade ou do corpo como voz-escrita, essas escritoras colocam no jogo discursivo a percepção da própria subjetividade. Evidenciam um corpo-mulher marcado por insurreições e questionamentos ao se posicionarem como útero-sexo-política-discurso-poder. Além disso, as autoras dialogam com as vozes crioulas, ancestrais, sagradas e com outras vozes de mulheres irmãs, que questionam a condição da mulher na sociedade e realocam a escrita e o corpo de autoria feminina negra no cenário da literatura. |
first_indexed | 2024-12-10T17:10:22Z |
format | Article |
id | doaj.art-1d0c4578bb4546e7bff7fd7de69fa10c |
institution | Directory Open Access Journal |
issn | 1984-1124 |
language | Spanish |
last_indexed | 2024-12-10T17:10:22Z |
publishDate | 2020-11-01 |
publisher | Universidade de São Paulo |
record_format | Article |
series | Revista Criação & Crítica |
spelling | doaj.art-1d0c4578bb4546e7bff7fd7de69fa10c2022-12-22T01:40:19ZspaUniversidade de São PauloRevista Criação & Crítica1984-11242020-11-01127"Mornas eram as noites" e "Mulheres Sagradas"Rubens da Cunha0Waleska Rodrigues de Matos Oliveira MartinsUniversidade Federal do Recôncavo da BahiaO presente artigo propõe uma leitura analítica das obras Mulheres Sagradas da brasileira Aidil Araújo Lima e Mornas eram as noites, da cabo-verdiana Dina Salústio. O objetivo é propor um diálogo entre essas duas escritoras negras. A fundamentação parte da noção de ‘escrevivência’ proposta por Conceição Evaristo, além de proposições teóricas sobre a literatura de autoria feminina negra. Há temas recorrentes nas narrativas das escritoras: as violências contra as mulheres, o insistente silenciamento imposto pelo machismo e pelos racismos cotidiano e estrutural. No entanto, essas narrativas propõem o enfrentamento, a quebra dessa estrutura marcada de poder e de subserviência. Seja pelo reconhecimento da ancestralidade ou do corpo como voz-escrita, essas escritoras colocam no jogo discursivo a percepção da própria subjetividade. Evidenciam um corpo-mulher marcado por insurreições e questionamentos ao se posicionarem como útero-sexo-política-discurso-poder. Além disso, as autoras dialogam com as vozes crioulas, ancestrais, sagradas e com outras vozes de mulheres irmãs, que questionam a condição da mulher na sociedade e realocam a escrita e o corpo de autoria feminina negra no cenário da literatura.http://www.revistas.usp.br/criacaoecritica/article/view/171766Literatura de autoria feminina negra. Racismo. Escrevivência. Literatura de resistência. Corpo. |
spellingShingle | Rubens da Cunha Waleska Rodrigues de Matos Oliveira Martins "Mornas eram as noites" e "Mulheres Sagradas" Revista Criação & Crítica Literatura de autoria feminina negra. Racismo. Escrevivência. Literatura de resistência. Corpo. |
title | "Mornas eram as noites" e "Mulheres Sagradas" |
title_full | "Mornas eram as noites" e "Mulheres Sagradas" |
title_fullStr | "Mornas eram as noites" e "Mulheres Sagradas" |
title_full_unstemmed | "Mornas eram as noites" e "Mulheres Sagradas" |
title_short | "Mornas eram as noites" e "Mulheres Sagradas" |
title_sort | mornas eram as noites e mulheres sagradas |
topic | Literatura de autoria feminina negra. Racismo. Escrevivência. Literatura de resistência. Corpo. |
url | http://www.revistas.usp.br/criacaoecritica/article/view/171766 |
work_keys_str_mv | AT rubensdacunha mornaseramasnoitesemulheressagradas AT waleskarodriguesdematosoliveiramartins mornaseramasnoitesemulheressagradas |