TAXA DE LETALIDADE DA ESQUISTOSSOMOSE NOS ESTADOS DO NORDESTE BRASILEIRO ENTRE OS ANOS DE 2019 A 2022
Introdução: A esquistossomose é uma doença parasitária causada principalmente pelo trematódeo Schistosoma mansoni, que é um parasita sanguíneo. Essa espécie de parasita tem no caracol da espécie Biomphalaria glabrata seu hospedeiro intermediário, sendo homem o hospedeiro definitivo. O Nordeste (NE)...
Main Authors: | , , , , , , , , , , , , |
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Format: | Article |
Language: | English |
Published: |
Elsevier
2023-10-01
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Series: | Brazilian Journal of Infectious Diseases |
Subjects: | |
Online Access: | http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S1413867023008371 |
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author | Renan Silva Santos Maria Daniella Moura da Silva Marcelle de Farias Argolo Luana Dias Xavier Francisco Duda da Silva Neto Alexsandro Albuquerque dos Santos Aloisio Junio Santos Oliveira Aynoa Cristianne Lima Macedo Gabriel Emilio Dias Santos Arthur Guerra Paiva Pereira Vanessa Gomes Machado Geisy Menezes Nascimento Bruno Farias Lima |
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description | Introdução: A esquistossomose é uma doença parasitária causada principalmente pelo trematódeo Schistosoma mansoni, que é um parasita sanguíneo. Essa espécie de parasita tem no caracol da espécie Biomphalaria glabrata seu hospedeiro intermediário, sendo homem o hospedeiro definitivo. O Nordeste (NE) é uma das regiões brasileiras com maior população de pessoas portadoras do S. mansoni, estando junto com a população do Sudeste brasileiro que também apresenta grande número de infectados, quando comparado às demais regiões do Brasil. A via de transmissão para o ser humano é através da penetração ativa da otmail do parasita na pele. Esse estudo objetivou analisar a taxa de letalidade dessa afecção nos Estados do Nordeste brasileiro. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa de abordagem quantitativa, com procedimento documental de dados secundários, a partir da base de dados do Ministério da Saúde (DATASUS), Doenças e Agravos de Notificação – 2007 em diante (SINAN), avaliando o número de notificações da doença por Unidade federativa (UF) e a evolução para óbitos por agravo da doença em cada UF que notificou, utilizando os filtros: ano de notificação, UF de notificação e região de notificação entre os anos de 2019 a 2022. A taxa de letalidade foi calculada dividindo o número de óbitos pelo total de acometidos. Resultados: No período analisado (2019-2022), foram notificados na região NE um total de 2.778 casos de esquistossomose, sendo a Bahia (BA) o estado com maior número absoluto de casos notificados. Entretanto, quando se analisou a letalidade dessa parasitose, observou-se que Alagoas (AL) possui a taxa de 41,05% sendo, indubitavelmente, a maior taxa de letalidade encontrada entre os 9 estados nordestinos. Entre os demais estados, a Bahia, a Paraíba (PB) e o Rio Grande do Norte (RN) apresentaram taxa de letalidade inferior a 3% (sendo BA 2,97%; PB 1,73%; RN 2,63%); já em Sergipe (SE) e em Pernambuco (PE) essa taxa foi inferior a 9% (sendo SE 7,98%; PE 8,50%); entretanto, no Maranhão (MA), no Ceará (CE) e no Piauí (PI) a taxa de letalidade dessa afecção foi de 0%, no período analisado. Conclusão: Portanto, é possível concluir que o estado de AL apresenta maior TL da esquistossomose do NE, enquanto que na BA, que tem o maior número absoluto infectados, a TL dessa doença é relativamente baixa. Ademais no MA, no CE e no PI não houve mortes por agravo da esquistossomose no período analisado (2019-2022). |
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spelling | doaj.art-1d84b7843f02463bbd53da100b0e94bd2023-11-16T06:09:05ZengElsevierBrazilian Journal of Infectious Diseases1413-86702023-10-0127103577TAXA DE LETALIDADE DA ESQUISTOSSOMOSE NOS ESTADOS DO NORDESTE BRASILEIRO ENTRE OS ANOS DE 2019 A 2022Renan Silva Santos0Maria Daniella Moura da Silva1Marcelle de Farias Argolo2Luana Dias Xavier3Francisco Duda da Silva Neto4Alexsandro Albuquerque dos Santos5Aloisio Junio Santos Oliveira6Aynoa Cristianne Lima Macedo7Gabriel Emilio Dias Santos8Arthur Guerra Paiva Pereira9Vanessa Gomes Machado10Geisy Menezes Nascimento11Bruno Farias Lima12Corresponding author.; Universidade Federal de Sergipe (UFS), São Cristóvão, SE, BrasilUniversidade Federal de Sergipe (UFS), São Cristóvão, SE, BrasilUniversidade Federal de Sergipe (UFS), São Cristóvão, SE, BrasilUniversidade Federal de Sergipe (UFS), São Cristóvão, SE, BrasilUniversidade Federal de Sergipe (UFS), São Cristóvão, SE, BrasilUniversidade Federal de Sergipe (UFS), São Cristóvão, SE, BrasilUniversidade Federal de Sergipe (UFS), São Cristóvão, SE, BrasilUniversidade Federal de Sergipe (UFS), São Cristóvão, SE, BrasilUniversidade Federal de Sergipe (UFS), São Cristóvão, SE, BrasilUniversidade Federal de Sergipe (UFS), São Cristóvão, SE, BrasilUniversidade Federal de Sergipe (UFS), São Cristóvão, SE, BrasilUniversidade Federal de Sergipe (UFS), São Cristóvão, SE, BrasilUniversidade Federal de Sergipe (UFS), São Cristóvão, SE, BrasilIntrodução: A esquistossomose é uma doença parasitária causada principalmente pelo trematódeo Schistosoma mansoni, que é um parasita sanguíneo. Essa espécie de parasita tem no caracol da espécie Biomphalaria glabrata seu hospedeiro intermediário, sendo homem o hospedeiro definitivo. O Nordeste (NE) é uma das regiões brasileiras com maior população de pessoas portadoras do S. mansoni, estando junto com a população do Sudeste brasileiro que também apresenta grande número de infectados, quando comparado às demais regiões do Brasil. A via de transmissão para o ser humano é através da penetração ativa da otmail do parasita na pele. Esse estudo objetivou analisar a taxa de letalidade dessa afecção nos Estados do Nordeste brasileiro. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa de abordagem quantitativa, com procedimento documental de dados secundários, a partir da base de dados do Ministério da Saúde (DATASUS), Doenças e Agravos de Notificação – 2007 em diante (SINAN), avaliando o número de notificações da doença por Unidade federativa (UF) e a evolução para óbitos por agravo da doença em cada UF que notificou, utilizando os filtros: ano de notificação, UF de notificação e região de notificação entre os anos de 2019 a 2022. A taxa de letalidade foi calculada dividindo o número de óbitos pelo total de acometidos. Resultados: No período analisado (2019-2022), foram notificados na região NE um total de 2.778 casos de esquistossomose, sendo a Bahia (BA) o estado com maior número absoluto de casos notificados. Entretanto, quando se analisou a letalidade dessa parasitose, observou-se que Alagoas (AL) possui a taxa de 41,05% sendo, indubitavelmente, a maior taxa de letalidade encontrada entre os 9 estados nordestinos. Entre os demais estados, a Bahia, a Paraíba (PB) e o Rio Grande do Norte (RN) apresentaram taxa de letalidade inferior a 3% (sendo BA 2,97%; PB 1,73%; RN 2,63%); já em Sergipe (SE) e em Pernambuco (PE) essa taxa foi inferior a 9% (sendo SE 7,98%; PE 8,50%); entretanto, no Maranhão (MA), no Ceará (CE) e no Piauí (PI) a taxa de letalidade dessa afecção foi de 0%, no período analisado. Conclusão: Portanto, é possível concluir que o estado de AL apresenta maior TL da esquistossomose do NE, enquanto que na BA, que tem o maior número absoluto infectados, a TL dessa doença é relativamente baixa. Ademais no MA, no CE e no PI não houve mortes por agravo da esquistossomose no período analisado (2019-2022).http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S1413867023008371Esquistossomose Letalidade Nordeste |
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