A PALAVRA SONHA A IMAGEM: UM PERCURSO VISUAL PELA POESIA DE WISLAWA SZYMBORSKA
Este artigo se dedicou à poesia da polonesa Wislawa Szymborska para tentar responder, ainda que de forma ensaística e não definitiva, a seguinte questão: o que é uma imagem-no-poema? Para isso, os poemas Fotografia do 11 de setembro, publicado pela primeira vez em 2002, e Gente na ponte, publicado e...
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|---|---|
| Format: | Article |
| Language: | Portuguese |
| Published: |
Universidade Federal do Tocantins
2022-12-01
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| Series: | EntreLetras |
| Subjects: | |
| Online Access: | https://sistemas.uft.edu.br/periodicos/index.php/entreletras/article/view/15549 |
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| author | Andréa Pereira dos Santos Angelita Pereira de Lima Luana Silva Borges |
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| description | Este artigo se dedicou à poesia da polonesa Wislawa Szymborska para tentar responder, ainda que de forma ensaística e não definitiva, a seguinte questão: o que é uma imagem-no-poema? Para isso, os poemas Fotografia do 11 de setembro, publicado pela primeira vez em 2002, e Gente na ponte, publicado em 1987, foram analisados em uma tessitura que se dedicou aos temas dos textos de Szymborska, sobretudo à recorrência da ideia de “morte em plena vida”. Sua poesia foi aqui entretecida aos pensamentos de Alfredo Bosi, Didi-Huberman, Etienne Samain, Michel Collot e Walter Benjamin. Viu-se, a partir de Bosi, que a imagem no poema não é um ícone do objeto que se fixou na retina. Tampouco é um fantasma desrealizado produzido no devaneio. Mas ela se faz da linearidade temporal do discurso linguístico para subvertê-la. Assim subversiva, concluímos que a característica desta imagem é a de ser uma palavra-articulada que sonha o encanto de uma aparição simultânea aos nossos olhos; que produz uma “experiência vivida” ao leitor; que deixa nele um rastro e um vestígio, insinuando-se sem se dar por completo. Sua característica é a forma silente, lacunar. |
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| institution | Directory Open Access Journal |
| issn | 2179-3948 |
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| publishDate | 2022-12-01 |
| publisher | Universidade Federal do Tocantins |
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| series | EntreLetras |
| spelling | doaj.art-1e224902d8214f9dac196eaeddedb5342023-05-01T20:56:48ZporUniversidade Federal do TocantinsEntreLetras2179-39482022-12-011336683https://doi.org/10.20873/uft2179-3948.2022v13n3p66-83A PALAVRA SONHA A IMAGEM: UM PERCURSO VISUAL PELA POESIA DE WISLAWA SZYMBORSKAAndréa Pereira dos Santos0https://orcid.org/0000-0001-5410-5500Angelita Pereira de Lima1https://orcid.org/0000-0002-1175-8162Luana Silva Borges2https://orcid.org/0000-0003-1602-6048Universidade Federal de GoiásUniversidade Federal de GoiásUniversidade Federal de GoiásEste artigo se dedicou à poesia da polonesa Wislawa Szymborska para tentar responder, ainda que de forma ensaística e não definitiva, a seguinte questão: o que é uma imagem-no-poema? Para isso, os poemas Fotografia do 11 de setembro, publicado pela primeira vez em 2002, e Gente na ponte, publicado em 1987, foram analisados em uma tessitura que se dedicou aos temas dos textos de Szymborska, sobretudo à recorrência da ideia de “morte em plena vida”. Sua poesia foi aqui entretecida aos pensamentos de Alfredo Bosi, Didi-Huberman, Etienne Samain, Michel Collot e Walter Benjamin. Viu-se, a partir de Bosi, que a imagem no poema não é um ícone do objeto que se fixou na retina. Tampouco é um fantasma desrealizado produzido no devaneio. Mas ela se faz da linearidade temporal do discurso linguístico para subvertê-la. Assim subversiva, concluímos que a característica desta imagem é a de ser uma palavra-articulada que sonha o encanto de uma aparição simultânea aos nossos olhos; que produz uma “experiência vivida” ao leitor; que deixa nele um rastro e um vestígio, insinuando-se sem se dar por completo. Sua característica é a forma silente, lacunar.https://sistemas.uft.edu.br/periodicos/index.php/entreletras/article/view/15549wislawa szymborskapoesiaimagemmorteexperiência vivida |
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