Summary: | O artigo propõe uma descrição empírica da produção da linguagem da violência urbana (entendida como uma prática organizada, uma gramática) e das respectivas implicações sobre a ordem pública. Dois conjuntos de questões são abordados e relacionados: a) as relações entre violência urbana, rotinas e organização das relações sociais na cidade; b) o impacto da mudança no debate a respeito das políticas relativas à ordem pública sobre as formas atuais da criminalização e segregação territorial da pobreza, discutindo o estatuto das favelas como dispositivo exemplar desse processo. O texto pretende preservar as particularidades locais segundo as quais essas duas ordens de questões se apresentam como experiências vividas, de modo que o foco central de atenção é o caso singular do Rio de Janeiro.
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