A racionalidade da encarnação

Em sua obra Cur Deus Homo, Santo Anselmo de Aosta (1033-1109), debruçase sobre uma questão fundamental da fé cristã: a encarnação do Verbo. Como pôde Deus assumir a condição humana e morrer numa cruz por amor aos homens? Anselmo quer mostrar que há uma razão de ser na encarnação do Verbo e que tal r...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Vasconcellos, Manoel
Format: Article
Language:Portuguese
Published: Editora da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (EDIPUCRS) 2009-01-01
Series:Teocomunicação
Subjects:
Online Access:https://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/teo/article/view/5800/4220
Description
Summary:Em sua obra Cur Deus Homo, Santo Anselmo de Aosta (1033-1109), debruçase sobre uma questão fundamental da fé cristã: a encarnação do Verbo. Como pôde Deus assumir a condição humana e morrer numa cruz por amor aos homens? Anselmo quer mostrar que há uma razão de ser na encarnação do Verbo e que tal racionalidade pode ser compreendida mesmo por aqueles que não comungam da mesma fé. Nosso artigo quer mostrar de que forma o autor desenvolve sua argumentação, segundo a qual aquele mesmo Deus que só pode ser pensado como “aliquid quo nihil maius cogitari potest” (Proslogion 101, 5), por sua necessária encarnação e redenção, realizou uma obra de amor, em favor do homem. Não se trata simplesmente de mais um gesto de amor, mas a manifestação suprema de um amor que, dada sua singularidade, não pode ser compreendido a não ser como aquele amor que não pode ser pensado maior
ISSN:1980-6736