“Ser macho neste país é coisa de macho”

Neste artigo, proponho complementar a análise individualista do campo das masculinidades com as noções de pessoa e reciprocidade para compreender melhor relações tidas por violentas e sujeitos que, nesse campo, são constituídos em oposição moral à noção de cidadão. Com isto, apelo à revisão de su...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Marco Julián Martínez Moreno
Format: Article
Language:English
Published: Universidade de Brasília 2018-01-01
Series:Anuário Antropológico
Subjects:
Online Access:https://periodicos.unb.br/index.php/anuarioantropologico/article/view/6353
Description
Summary:Neste artigo, proponho complementar a análise individualista do campo das masculinidades com as noções de pessoa e reciprocidade para compreender melhor relações tidas por violentas e sujeitos que, nesse campo, são constituídos em oposição moral à noção de cidadão. Com isto, apelo à revisão de supostos epistemológicos do pesquisador no seu trabalho de classificar e analisar identidades, práticas e relações desde uma perspectiva de gênero, que está em relação estreita com a noção de cultura. Argumento que as categorias de gênero e cultura conjugam três tempos que constroem a masculinidade como uma problemática social a intervir em função de um projeto igualitário. Por último, mostro como alguns homens na Colômbia apropriam-se de categorias próprias de um repertório individualista, transformando a acusação de machistas em identidade para justificar sua existência social como sujeitos de direito.
ISSN:0102-4302
2357-738X