O arquivo e o sonho: a montagem como processo de mediação em “Sem Sol”, de Chris Marker
O que propomos, no presente artigo, é pensar a montagem – e, mais especificamente, a montagem de imagens de arquivo – como processo de mediação entre as imagens e o espectador. Para isso, recorremos às ideias de Georges Didi-Huberman para refletir sobre as imagens do sonho e as imagens de arquivo. A...
Main Author: | |
---|---|
Format: | Article |
Language: | English |
Published: |
Pontíficia Universidade Católica de São Paulo
2014-06-01
|
Series: | Galáxia |
Subjects: | |
Online Access: | https://revistas.pucsp.br/galaxia/article/view/16169 |
Summary: | O que propomos, no presente artigo, é pensar a montagem – e, mais especificamente, a montagem de imagens de arquivo – como processo de mediação entre as imagens e o espectador. Para isso, recorremos às ideias de Georges Didi-Huberman para refletir sobre as imagens do sonho e as imagens de arquivo. Ambas – cada uma à sua maneira – carregam vestígios da memória e possuem caráter lacunar. Apenas quando são articuladas no sonho, ou na montagem – no caso do cinema documentário – que se configura um novo sentido. Analisaremos “Sem sol” de Chris Marker, em que as imagens de arquivo são montadas de forma a proporcionar uma reflexão sobre a memória e a história. O filme é construído com imagens de arquivo e leituras de cartas de um cinegrafista viajante, o que confere à narrativa um caráter imaginativo, característica essencial da lembrança e da memória. |
---|---|
ISSN: | 1519-311X 1982-2553 |