Microbiota vaginalno prée pós-operatório de cirurgias ginecológicas

Introdução: muitos são os componentes e aspectos que podem variar na composição do conteúdo vaginal. Objetivo: determinar se há variação na microbiotavaginal entre o pré e pós-operatório em pacientes submetidas a cirurgias ginecológicas em um hospital universitário. Métodos: avaliou-se a microbiota...

Full description

Bibliographic Details
Main Authors: Marina CM Silvino, Paulo César Giraldo, Regina Maria R Vicentini, José Eleutério Júnior
Format: Article
Language:English
Published: Zeppelini Editorial e Comunicacao 2006-10-01
Series:DST
Subjects:
Online Access:https://bjstd.org/revista/article/view/661
Description
Summary:Introdução: muitos são os componentes e aspectos que podem variar na composição do conteúdo vaginal. Objetivo: determinar se há variação na microbiotavaginal entre o pré e pós-operatório em pacientes submetidas a cirurgias ginecológicas em um hospital universitário. Métodos: avaliou-se a microbiota vaginalde 41 mulheres submetidas a cirurgias ginecológicas por via abdominal ou vaginal. Foram colhidos esfregaços da parede vaginal para a realização de bacterioscopiano pré-operatório (dia da internação) e no pós-operatório (dia da alta hospitalar). O material foi corado pelo método de Gram e analisado por microscopiaóptica. A microbiota vaginal foi caracterizada, conforme a presença de Lactobacillus spp, em tipo I (>80%), II (entre 5% e 80%) e III (<5%). Para a análiseestatística, foram utilizados os testes Exato de Fisher e de McNemar. Resultados: obteve-se flora vaginal normal (flora I) no pré-operatório em apenas 34,1%dos casos estudados. Flora anormal (flora III) foi encontrada em outros 34,1% dos casos. Após o ato cirúrgico estes números passaram para 7,3% de flora I e73,2% de flora III (p<0,05). Com relação à via de acesso cirúrgico, houve uma redução dos lactobacilos de 17,1% para 7,3% nos casos de cirurgias abdominaise 17,1% para zero nas cirurgias vaginais, sem uma correlação estatística significativa entre o tipo de flora encontrada e o tipo de cirurgia. Conclusão: houveuma mudança significativa da flora vaginal no pós-operatório precoce das cirurgias ginecológicas, mesmo com o uso de antibioticoterapia profilática,independentemente, porém, da via de acesso. Talvez o uso de antibióticos profiláticos pudesse ser minimizado se as pacientes com microbiota anormal fossemtratadas antes da cirurgia.
ISSN:2177-8264