Summary: | Este artigo tem como objetivo refletir sobre uma ética das experiências, identificando alguns elementos que operam na relação entre crianças que frequentam um terreiro de Batuque jeje-ijexá educação das entrelinhas, e também com as demais crianças da comunidade do entorno do referido terreiro. Para tanto, partimos das reflexões sobre racismo estrutural a partir de Almeida (2019), Passos (2015) e Munanga (2003), e sobre intolerância religiosa e racismo religioso de Nogueira (2020). Como metodologia, utilizamos a análise do discurso de Bakhtin (2010), apresentando três cenas e tecendo diálogos com as categorias ética e experiência de Benjamin (1994; 2002; 2013) e com a perspectiva da ética Ubuntu de Noguera (2012). Compreende-se que existem intersecções sociais e da ordem étnico-racial que engendram as relações analisadas neste artigo, e que nos dão pistas para compreender uma ética das experiências vivenciadas como condição de possibilidade para pensarmos a educação das entrelinhas por crianças.
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