Summary: | O aumento da população idosa alterou o perfil demográfico e epidemiológico da sociedade brasileira com repercussão em todas as políticas públicas. No Sistema Único de Saúde (SUS), isso exige a reorganização dos serviços para responder a diversidade das demandas destinadas à promoção e recuperação da saúde em todos os ciclos de vida. Frente a essa nova realidade é preciso estimular novas aptidões dos profissionais para desenvolverem práticas de cuidados que primem pelos aspectos multidimensionais inerentes à saúde da pessoa idosa. A implementação da Educação Permanente pode favorecer a reconstrução da concepção de saúde da pessoa idosa e a construção de práxis promotora da clínica ampliada, orientada ao atendimento das peculiaridades dessa parcela populacional. Método: Trata-se de um estudo de revisão integrativa com objetivo de conhecer a produção científica sobre educação permanente na atenção à saúde do idoso no Brasil, no período de 2004 a 2020, desenvolvida na atenção primária à saúde do SUS. Após análise das produções científicas obtidas em bases de dados multidisciplinares e de ciências de saúde, oito publicações foram selecionadas para este estudo. Resultados: Identificou-se que as mulheres, enfermeiras, afiliadas a instituições de ensino superior, destacam-se no estudo da EPS nas ações de atenção à saúde da pessoa idosa. Observa-se, ainda, exíguo conhecimento dos profissionais sobre o processo de envelhecimento que, associado à sobrecarga de trabalho, à rotatividade dos profissionais da APS, à ausência de priorização da gestão sobre saúde da pessoa idosa e a processos de educação em saúde, dificultam a realização da EPS nos territórios prejudicando o desenvolvimento da clínica ampliada em saúde da população idosa.
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