Amor e revolta: contribuições de Hannah Arendt e Albert Camus para uma ética absurda

Este artigo traz as contribuições do literato e filósofo argelino Albert Camus para se problematizar a ética desde a perspectiva de uma filosofia existencial, mais especificamente, de uma Filosofia do Absurdo. Pretende-se com esse referencial retirar o problema ético de sua dimensão puramente intele...

Full description

Bibliographic Details
Main Authors: André Guerra, Pedrinho Guareschi
Format: Article
Language:Portuguese
Published: Universidade Federal do Rio Grande do Sul 2019-09-01
Series:Revista Polis e Psique
Subjects:
Online Access:https://seer.ufrgs.br/PolisePsique/article/view/71871
Description
Summary:Este artigo traz as contribuições do literato e filósofo argelino Albert Camus para se problematizar a ética desde a perspectiva de uma filosofia existencial, mais especificamente, de uma Filosofia do Absurdo. Pretende-se com esse referencial retirar o problema ético de sua dimensão puramente intelectual para – a partir daquilo que será proposto como uma substancialização da ética – apontar as relações concretas dessa discussão com a vida, isto é, com a materialidade pressuposta nos modos de viver – ou estilos existenciais –, isto é, no modo como as pessoas relacionam-se consigo mesmas, com os outros e com o mundo. Depois de apresentadas as noções de “absurdo” e “revolta” cunhadas por Albert Camus, é feita uma aproximação destes com o conceito de Amor Mundi discutido por Hannah Arendt. Conclui-se, assim, que a ultrapassagem do absurdo em direção a novos estilos éticos pode se dar pela assunção do amor como um movimento de luta, constante e ininterrupto, responsável por valorizar a singularidade do viver.
ISSN:2238-152X
2238-152X