Cuidados paliativos: o que sabem e preferem os portugueses?

Introdução: O desenvolvimento e acessibilidade dos cuidados de saúde dependem do envolvimento direto dos cidadãos e doentes aos quais se destinam. Contudo, nem sempre estes têm o conhecimento adequado para usufruir desses cuidados, configurando-se os cuidados paliativos como um desses exemplos. O ba...

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Bibliographic Details
Main Authors: Manuel Luís Capelas, Silvia Patrícia Fernandes Coelho, Sandra Catarina Fonseca Simões da Silva, Bruna Ortega Burmeister, Sofia Amado Durão, Carla Marinho Teves, Ana Sofia Simões, Tânia dos Santos Afonso
Format: Article
Language:English
Published: Universidade Católica Portuguesa, Instituto de Ciências da Saúde 2019-01-01
Series:Cadernos de Saúde
Subjects:
Online Access:https://revistas.ucp.pt/index.php/cadernosdesaude/article/view/7846
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description Introdução: O desenvolvimento e acessibilidade dos cuidados de saúde dependem do envolvimento direto dos cidadãos e doentes aos quais se destinam. Contudo, nem sempre estes têm o conhecimento adequado para usufruir desses cuidados, configurando-se os cuidados paliativos como um desses exemplos. O baixo nível de conhecimentos pode gerar mitos e preconceitos sobre estes cuidados, reduzir a equidade no acesso e diminuir a qualidade dos cuidados. Só uma aferição detalhada e abrangente do conhecimento do público em geral poderá permitir concretizar campanhas educacionais e políticas dirigidas às necessidades reais. Objetivo: avaliar o conhecimento da população portuguesa relativamente ao conceito, objetivos e formas de trabalho em cuidados paliativos; analisar a influência de características sociodemográficas nos conhecimentos relativamente ao seu conhecimento sobre cuidados paliativos. Materiais e Métodos: Questionário distribuído nas farmácias Holón aderentes de Portugal continental e ilhas, durante os meses de julho a setembro de 2017. Amostra acidental de 795 indivíduos maiores de 18 anos. Os dados foram analisados com recurso a estatística descritiva e analítica. O erro amostral dos dados apresentados é de 3.55% para um nível de confiança de 95%. Parecer favorável da Comissão de Ética para a Saúde da Universidade Católica Portuguesa. Resultados: 90.4% revelam boa conceptualização do conceito de cuidados paliativos; 75.1% identifica adequadamente os seus objetivos; o modo de trabalho é reconhecido por 87.6%. Gostariam de ser cuidados, no final da vida, por estas equipas, 84.6% e que os seus familiares o fossem, 85.7%. As palavras associadas a cuidados paliativos por mais de 50% dos participantes, foram, médicos e bem-estar. Praticamente todas as características sociodemográficas, de uma forma ou outra influenciam os resultados, com especial ênfase, na faixa etária, nível de escolaridade e rendimento económico. Conclusão: Bom conhecimento acerca do conceito, objetivos e forma de trabalho dos cuidados paliativos. Apesar destes resultados, e tendo em conta todos os fatores influentes importa reforçar o processo de disseminação dos conceitos-chave dos cuidados paliativos junto da sociedade portuguesa, visto em alguns setores os resultados obtidos apontarem para défices importantes.
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