IDENTIFICAÇÃO DE ANTI-G EM GESTANTE: RELATO DE CASO

Introdução: O sistema Rh é um dos sistemas mais complexos, sendo o segundo sistema de importância clínica depois do sistema ABO. É composto por mais de 50 antígenos, tendo como principais: D,C,c,E,e. Apesar da utilização da imunoglobulina, o anti-D é o anticorpo mais envolvido na Doença Hemolítica P...

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Bibliographic Details
Main Authors: GF Devides, FS Silva, F Latini, AJP Cortez, CP Arnoni, TAP Vendrame
Format: Article
Language:English
Published: Elsevier 2023-10-01
Series:Hematology, Transfusion and Cell Therapy
Online Access:http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S2531137923013032
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FS Silva
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description Introdução: O sistema Rh é um dos sistemas mais complexos, sendo o segundo sistema de importância clínica depois do sistema ABO. É composto por mais de 50 antígenos, tendo como principais: D,C,c,E,e. Apesar da utilização da imunoglobulina, o anti-D é o anticorpo mais envolvido na Doença Hemolítica Perinatal (DHPN), entretanto outros anticorpos do sistema Rh, como anti-C, anti-c, anti-E, anti-e e anti-G, também podem causar DHPN. O antígeno G é dependente da expressão dos alelos RHCE*Ce e RHD*01. A pesquisa de anticorpos irregulares de uma amostra com anti-G sorologicamente se parece com múltiplos anticorpos (anti-D e anti-C), sendo necessário realizar a diferenciação para identificação correta e consequentemente realizar a administração adequada de imunoglobulina anti-D em gestantes RhD-. Relato de caso: Paciente KKOG, 29 anos deu entrada no laboratório de imunohematologia com caráter de rotina e diagnóstico de trabalho de parto, relatou nunca ter recebido transfusão e apresentava histórico gestacional. A paciente foi fenotipada como AB negativo, rr C-c+E-e+K-, Teste de Antiglobulina Humana (TAD) e Auto Controle (AC) negativos e apresentou pesquisa de anticorpos irregulares positiva e a identificação de anticorpos irregulares sugeria a presença de anti-D e anti-C. A amostra de sangue do recém-nascido coletada no primeiro dia de vida também foi enviada para tipagem sanguínea e o mesmo foi fenotipado como A negativo, r'r C+c+E-e+K- e apresentou TAD 4+, foi realizado o eluato ácido com resultado positivo sugerindo a presença de anti-D imune e anti-C imune. Para diferenciar os anticorpos anti-D e anti-C do anti-G, foi realizado o estudo através de adsorções utilizando inicialmente hemácias R2r (D+C-), o que nos permitiu identificar o anti-C. Foi realizado o eluato ácido da primeira alíquota, e posteriormente adsorção com hemácias r'r (D-C+), o que identificou a presença do anti-D. O eluato ácido da primeira alíquota das hemácias r'r foi realizado e foi possível identificar a presença de anti-G através do painel com reatividade nas hemácias D e C positivas. Conclusão: A correta diferenciação do anti-G do anti-D e anti-C é de extrema importância, considerando que gestantes Rh- com anti-G deve receber imunoglobulina para evitar a formação de anti-D, cenário que difere de gestante já aloimunizadas com anti-D.
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