O mal, sentido e dito Badness felt and spoken

O questionamento por que o mal é tão antigo quanto a linguagem e a humanidade. A definição e a identificação do mal com o outro constituem o eixo mais conhecido nas ocupações filosóficas e psicanalíticas. As inabilidades do ser humano, desde os inícios da vida, em lidar com as intensidades que se ab...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Daniel Delouya
Format: Article
Language:English
Published: Universidade Estadual de Maringá 2005-08-01
Series:Psicologia em Estudo
Subjects:
Online Access:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-73722005000200016
Description
Summary:O questionamento por que o mal é tão antigo quanto a linguagem e a humanidade. A definição e a identificação do mal com o outro constituem o eixo mais conhecido nas ocupações filosóficas e psicanalíticas. As inabilidades do ser humano, desde os inícios da vida, em lidar com as intensidades que se abatem sobre ele de dentro e de fora, e que resultam no que se denomina de trauma, são certamente os fatores da apreensão do mal e sua identificação com o outro. Entretanto, o trauma institui também o outro na origem do próprio desejo e como guia para a própria linguagem. O outro se engaja nesta empreitada pelo apelo imanente ao trauma e ao estado de desamparo do sujeito. Pretendemos "puxar" um dos fios deste arranjo paradoxal na obra freudiana, examinando sua atual relevância no cenário social e político, também a partir de obras pós-freudianas.<br>The questioning is why badness is as old as humanity and language. The definition and identification of badness with the Other constitute one of the main known axes around which philosophical and psychoanalytical thoughts were fabricated. The helplessness of the newborn human being, his inability to deal with the outer and inner intensities and exigencies, that is, the trauma impact of existence, is certainly one of the main factors for badness conception and the perception of its origin in the other. However, psychoanalysis shows us beyond doubt that the other is also the traumatic source of the human desire and language. The other is called to exercise these functions by the immanent necessities of the original traumatic human condition. We examine some aspects of this paradox complex following its indications in the first Freudian works and relating it to post-Freudian works and its relation with the contemporary scenario
ISSN:1413-7372
1807-0329