Summary: | O presente trabalho propõe uma discussão sobre as possibilidades de representação da ideia de utopia no contexto da escritura lusófona contemporânea a partir de uma leitura da obra Uma viagem à Índia, de Gonçalo M. Tavares. Por meio de uma estratégia de escrita que reinsere o épico como gênero representativo de uma cosmovisão lusitana, a obra abre diversas possibilidades de atualização da tradição, quer por conta de seus aspectos linguisticamente constituídos, quer pelo tratamento temático que Gonçalo oferece a seu texto, colocando-o numa espécie de intervalo entre a tradição e a reinvenção tão necessária às exigências do período pósutópico.
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