“Zombie”: terrorismo, violência e globalização nas trilhas do sucesso da banda “The Cranberries”

O avanço tecnológico, notadamente no século XX, potencializou a criação de armas de destruição em massa que, da “metralha” aos armamentos nucleares, aterrorizou o mundo na Era da Catástrofe -1914-1945, termo empregado pelo historiador Eric Hobsbawm. Com essa mesma perspectiva, os tempos de Guerra-fr...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Alessandro de Almeida
Format: Article
Language:Portuguese
Published: Universidade Estadual de Montes Claros 2023-01-01
Series:Caminhos da História
Subjects:
Online Access:https://www.periodicos.unimontes.br/index.php/caminhosdahistoria/article/view/6137
Description
Summary:O avanço tecnológico, notadamente no século XX, potencializou a criação de armas de destruição em massa que, da “metralha” aos armamentos nucleares, aterrorizou o mundo na Era da Catástrofe -1914-1945, termo empregado pelo historiador Eric Hobsbawm. Com essa mesma perspectiva, os tempos de Guerra-fria (1945-1991) também foram marcados pelo terrorismo, violência e avanço da indústria fonográfica, em que o rock and roll, principalmente no Woodstock de 1969, potencializaram as ações da contracultura com críticas à violência, ao Estado burocrático e ao capitalismo. A partir desse contexto, nos anos 1990, a banda The Cranberries, como a música Zombie, produzida em 1994, procurou criticar o terrorismo, inspirada no atentado de Warrington, na Inglaterra, que matou duas crianças Tim Parry, de 12 anos e Johnathan Ball, de 3 anos. A ação do grupo católico nacionalista IRA, além de inspirar a banda irlandesa, também justifica a análise do videoclipe da canção supracitada para investigarmos a relação da música e produções audiovisuais com o choque de civilização e as ações terroristas que persistiram e se fortaleceram, mesmo com o “apagar das luzes” da Guerra-fria, em 1991.
ISSN:1517-3771
2317-0875