Igualdade é uma palavra que o sonho humano alimenta: Rancière e a crítica aos discursos pedagógicos contemporâneos
Em O Espírito da Leis, Montesquieu atribui à educação – e, em particular, à sua forma escolar – a tarefa de difundir e cultivar o amor à igualdade, por ele concebido como a virtude política por excelência e como o princípio afetivo que sustenta o regime republicano como modo de vida. O desafio que...
Main Author: | |
---|---|
Format: | Article |
Language: | Spanish |
Published: |
Universidade Federal de Santa Maria
2021-06-01
|
Series: | Educação (UFSM) |
Subjects: | |
Online Access: | https://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/45306 |
_version_ | 1797742884094476288 |
---|---|
author | José Sérgio Fonseca de Carvalho |
author_facet | José Sérgio Fonseca de Carvalho |
author_sort | José Sérgio Fonseca de Carvalho |
collection | DOAJ |
description |
Em O Espírito da Leis, Montesquieu atribui à educação – e, em particular, à sua forma escolar – a tarefa de difundir e cultivar o amor à igualdade, por ele concebido como a virtude política por excelência e como o princípio afetivo que sustenta o regime republicano como modo de vida. O desafio que sua obra lança aos educadores – o de viabilizar uma educação comprometida com o amor à igualdade – mobiliza os discursos educacionais republicanos que, desde então, procuraram conceber meios de efetivar o princípio da igualdade no âmbito das instituições educativas. O presente artigo analisa diferentes formas pelas quais os discursos educacionais se propuseram a operacionalizar esse princípio no plano das relações educativas. Partimos da análise da escola pública como esforço de efetivação do princípio liberal da igualdade de oportunidades e apresentamos, a seguir, as críticas a ela endereçadas pelas teorias reprodutivistas e pelas correntes pedagógicas autoproclamadas histórico-críticas. Em um terceiro momento, buscamos articular as críticas de Jacques Rancière a ambas as correntes, apresentando uma perspectiva na qual o compromisso com a igualdade não é concebido como um objetivo da ação educativa a ser alcançado no futuro, mas como um axioma capaz de produzir efeitos igualitários em suas ações presentes.
|
first_indexed | 2024-03-12T14:46:37Z |
format | Article |
id | doaj.art-224e0928e55942ab856e61ebfcefc6e4 |
institution | Directory Open Access Journal |
issn | 1984-6444 |
language | Spanish |
last_indexed | 2024-03-12T14:46:37Z |
publishDate | 2021-06-01 |
publisher | Universidade Federal de Santa Maria |
record_format | Article |
series | Educação (UFSM) |
spelling | doaj.art-224e0928e55942ab856e61ebfcefc6e42023-08-16T01:50:38ZspaUniversidade Federal de Santa MariaEducação (UFSM)1984-64442021-06-0146110.5902/1984644445306Igualdade é uma palavra que o sonho humano alimenta: Rancière e a crítica aos discursos pedagógicos contemporâneosJosé Sérgio Fonseca de Carvalho0Faculdade de Educação, Universidade de São Paulo Em O Espírito da Leis, Montesquieu atribui à educação – e, em particular, à sua forma escolar – a tarefa de difundir e cultivar o amor à igualdade, por ele concebido como a virtude política por excelência e como o princípio afetivo que sustenta o regime republicano como modo de vida. O desafio que sua obra lança aos educadores – o de viabilizar uma educação comprometida com o amor à igualdade – mobiliza os discursos educacionais republicanos que, desde então, procuraram conceber meios de efetivar o princípio da igualdade no âmbito das instituições educativas. O presente artigo analisa diferentes formas pelas quais os discursos educacionais se propuseram a operacionalizar esse princípio no plano das relações educativas. Partimos da análise da escola pública como esforço de efetivação do princípio liberal da igualdade de oportunidades e apresentamos, a seguir, as críticas a ela endereçadas pelas teorias reprodutivistas e pelas correntes pedagógicas autoproclamadas histórico-críticas. Em um terceiro momento, buscamos articular as críticas de Jacques Rancière a ambas as correntes, apresentando uma perspectiva na qual o compromisso com a igualdade não é concebido como um objetivo da ação educativa a ser alcançado no futuro, mas como um axioma capaz de produzir efeitos igualitários em suas ações presentes. https://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/45306Filosofia da EducaçãoIgualdadeJacques Rancière |
spellingShingle | José Sérgio Fonseca de Carvalho Igualdade é uma palavra que o sonho humano alimenta: Rancière e a crítica aos discursos pedagógicos contemporâneos Educação (UFSM) Filosofia da Educação Igualdade Jacques Rancière |
title | Igualdade é uma palavra que o sonho humano alimenta: Rancière e a crítica aos discursos pedagógicos contemporâneos |
title_full | Igualdade é uma palavra que o sonho humano alimenta: Rancière e a crítica aos discursos pedagógicos contemporâneos |
title_fullStr | Igualdade é uma palavra que o sonho humano alimenta: Rancière e a crítica aos discursos pedagógicos contemporâneos |
title_full_unstemmed | Igualdade é uma palavra que o sonho humano alimenta: Rancière e a crítica aos discursos pedagógicos contemporâneos |
title_short | Igualdade é uma palavra que o sonho humano alimenta: Rancière e a crítica aos discursos pedagógicos contemporâneos |
title_sort | igualdade e uma palavra que o sonho humano alimenta ranciere e a critica aos discursos pedagogicos contemporaneos |
topic | Filosofia da Educação Igualdade Jacques Rancière |
url | https://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/45306 |
work_keys_str_mv | AT josesergiofonsecadecarvalho igualdadeeumapalavraqueosonhohumanoalimentaranciereeacriticaaosdiscursospedagogicoscontemporaneos |