Análise da Depressão, dos Fatores de Risco para Sintomas Depressivos e do Uso de Antidepressivos entre Acadêmicos do Curso de Medicina da Universidade Estadual de Ponta Grossa

RESUMO Introdução A depressão entre estudantes de Medicina tem sido uma condição prevalente, porém as pesquisas têm sido metodologicamente insuficientes quanto à análise dos fatores de risco envolvidos e ao tratamento dessa população. Objetivos Determinar a prevalência de sintomas depressivos e...

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Bibliographic Details
Main Authors: Cynthia Ajus Cybulski, Fabiana Postiglione Mansani
Format: Article
Language:Portuguese
Published: Associção Brasileira de Educação Médica
Series:Revista Brasileira de Educação Médica
Subjects:
Online Access:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-55022017000100092&lng=en&tlng=en
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Summary:RESUMO Introdução A depressão entre estudantes de Medicina tem sido uma condição prevalente, porém as pesquisas têm sido metodologicamente insuficientes quanto à análise dos fatores de risco envolvidos e ao tratamento dessa população. Objetivos Determinar a prevalência de sintomas depressivos e de seus fatores de risco, assim como do uso de antidepressivos na amostra analisada. Método Para o screening de sintomas depressivos, foi aplicado o Inventário de Depressão de Beck (BDI), e para a adesão medicamentosa, o teste de Morisky-Green-Levine. O teste exato de Fisher unicaudado foi utilizado para variáveis qualitativas e, para as quantitativas, o teste one-way Anova com análise post-hoc pelo teste de Tukey-Kramer. As diferenças foram consideradas significativas quando p < 0,05. Resultados Mostraram-se estatisticamente significativas as associações entre sintomas depressivos e frequência de atividades de lazer, estresse, satisfação com o desempenho acadêmico e falta de apoio emocional. Não mostraram associação com sintomas depressivos as seguintes variáveis: sexo, viver sozinho, parceiro fixo, álcool, tabagismo, drogas ilícitas e série do curso . A satisfação com o desempenho acadêmico e o alto grau de estresse não apresentaram significância estatística ao serem relacionados com as séries do curso. Conclusão As prevalências de sintomas depressivos nos acadêmicos de Medicina da UEPG e da utilização de medicamentos antidepressivos vão ao encontro dos dados referentes a acadêmicos de Medicina de outras instituições brasileiras e internacionais. Apresentam-se como fatores de risco para os transtornos depressivos a frequência das atividades de lazer, o estresse, a satisfação com o desempenho acadêmico e a falta de apoio emocional no ambiente acadêmico. A prevalência de depressão a partir da quarta série tendeu a aumentar, e apenas a sexta série diferiu de modo estatisticamente significativo em relação às demais quanto às médias do escore BDI, o que sugere a hipótese de que o final do curso de Medicina é o período que apresenta maior quantidade de fatores estressores e depressivos para o acadêmico.
ISSN:1981-5271