Walter Benjamin e Paris: individualidade e trabalho intelectual

Este artigo é uma leitura do texto de Walter Benjamin Paris capital do século XIX. A partir do conjunto de anotações que Benjamin faz de diversos livros consultados, principalmente durante sua pesquisa na Bibliothèque Nationale, o autor pretende trabalhar a noção de indivíduo vinculando-a a dois tem...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Renato Ortiz
Format: Article
Language:Portuguese
Published: Universidade de Sâo Paulo 2000-05-01
Series:Tempo Social
Subjects:
Online Access:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20702000000100002
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description Este artigo é uma leitura do texto de Walter Benjamin Paris capital do século XIX. A partir do conjunto de anotações que Benjamin faz de diversos livros consultados, principalmente durante sua pesquisa na Bibliothèque Nationale, o autor pretende trabalhar a noção de indivíduo vinculando-a a dois temas. Primeiro, a emergência do flâneur como tradução do espírito de mobilidade que se inaugura com a modernidade. Para isso a discussão sobre a noção de espaço, particularmente no que diz respeito a cidade de Paris, é importante. O flâneur surge assim como um indivíduo desenraizado que se locomove através do espaço urbano remodelado. Segundo, uma aproximação entre o ato da flânerie e o trabalho intelectual. Considerando a flânerie como uma atividade intelectual o autor mostra como os temas do distanciamento e da construção do objeto são relevantes tanto para o flâneur-detetive quanto para a reflexão nas ciências sociais.<br>This paper is an interpretation of Walter Benjamins Paris, Capital of the 19th Century. Based on the notes Benjamin made on several books he read, mainly during his research at the Bibliotèque Nationale, the author discusses the notion of the individual linking it to two themes. First, to the emergence of the flâneur as a translation of the spirit of mobility which starts with modernity. The discussion on the notion of space, especially where it concerns Paris, is essential for this analysis. The flâneur is seen as an uprooted individual who moves around the remodelled urban space. Second, to the proximity between the act of flânerie and that of intellectual work. Taking flânerie to be intellectual activity, the author shows how the themes of the distancing and the construction of the object are relevant, both to the detective-flâneur and to the reflection in social sciences.
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