Craniostenose. Tratamento cirúrgico: considerações a respeito de 25 casos
A craniostenose é afecção conhecida desde Hipócrates; entretanto, somente há pouco mais de 100 anos é que Virchow a conceituou corretamente. As tentativas de terapêutica cirúrgica, iniciadas em 1888, foram bem padronizadas a partir de 1920. Adotamos classificação baseada na(s) sutura(s) atingida(s)...
Main Authors: | , |
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Format: | Article |
Language: | English |
Published: |
Academia Brasileira de Neurologia (ABNEURO)
1965-12-01
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Series: | Arquivos de Neuro-Psiquiatria |
Online Access: | http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-282X1965000400001&lng=en&tlng=en |
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author | Gilberto Machado de Almeida Nélio Garcia de Barros |
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description | A craniostenose é afecção conhecida desde Hipócrates; entretanto, somente há pouco mais de 100 anos é que Virchow a conceituou corretamente. As tentativas de terapêutica cirúrgica, iniciadas em 1888, foram bem padronizadas a partir de 1920. Adotamos classificação baseada na(s) sutura(s) atingida(s) e na existência, ou não, de malformações associadas. Evitamos, assim, o uso de numerosos têrmos que têm sido empregados de maneira confusa. Nossa casuística consta de 40 casos examinados de 1959 a 1964. Analisamos, de maneira especial, 25 doentes operados que, de acôrdo com o tipo de craniostenose, ficaram assim distribuídos: obliteração precoce da sutura sagital (10 casos), obliteração precoce da sutura coronária (4), obliteração precoce das suturas sagital e coronária (2), obliteração precoce da sutura metópica (2), obliteração precoce unilateral da sutura coronária (3), obliteração precoce unilateral da sutura lambdóide (1), síndrome de Apert (2), doença de Crouzon (1). Analisamos o quadro clínico-radiológico e a terapêutica cirúrgica dos diversos tipos de craniostenose. Ultimamente alguns autores contra-indicam a operação em doentes com apenas uma sutura fechada prematuramente. Continuamos a indicar a cirurgia precoce, com fins profiláticos, mesmo nestes casos. Acreditamos que a operação, realizada nos primeiros meses de vida, além de evitar possíveis seqüelas, é menos traumatizante e determina melhores resultados estéticos. O método ideal a ser empregado para evitar a recidiva não nos parece resolvido. O revestimento das bordas ósseas com tântalo, polietileno ou silicone, além de não fornecer os resultados esperados, apresenta riscos inerentes ao uso de corpos estranhos. Os líquidos utilizados para diminuir a atividade osteoblástica do periósteo ainda não estão suficientemente estudados. |
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spelling | doaj.art-22f9cd2739ca44d88bfea20931e9e14c2022-12-21T23:37:21ZengAcademia Brasileira de Neurologia (ABNEURO)Arquivos de Neuro-Psiquiatria1678-42271965-12-0123423125210.1590/S0004-282X1965000400001S0004-282X1965000400001Craniostenose. Tratamento cirúrgico: considerações a respeito de 25 casosGilberto Machado de Almeida0Nélio Garcia de Barros1Universidade de São PauloUniversidade de São PauloA craniostenose é afecção conhecida desde Hipócrates; entretanto, somente há pouco mais de 100 anos é que Virchow a conceituou corretamente. As tentativas de terapêutica cirúrgica, iniciadas em 1888, foram bem padronizadas a partir de 1920. Adotamos classificação baseada na(s) sutura(s) atingida(s) e na existência, ou não, de malformações associadas. Evitamos, assim, o uso de numerosos têrmos que têm sido empregados de maneira confusa. Nossa casuística consta de 40 casos examinados de 1959 a 1964. Analisamos, de maneira especial, 25 doentes operados que, de acôrdo com o tipo de craniostenose, ficaram assim distribuídos: obliteração precoce da sutura sagital (10 casos), obliteração precoce da sutura coronária (4), obliteração precoce das suturas sagital e coronária (2), obliteração precoce da sutura metópica (2), obliteração precoce unilateral da sutura coronária (3), obliteração precoce unilateral da sutura lambdóide (1), síndrome de Apert (2), doença de Crouzon (1). Analisamos o quadro clínico-radiológico e a terapêutica cirúrgica dos diversos tipos de craniostenose. Ultimamente alguns autores contra-indicam a operação em doentes com apenas uma sutura fechada prematuramente. Continuamos a indicar a cirurgia precoce, com fins profiláticos, mesmo nestes casos. Acreditamos que a operação, realizada nos primeiros meses de vida, além de evitar possíveis seqüelas, é menos traumatizante e determina melhores resultados estéticos. O método ideal a ser empregado para evitar a recidiva não nos parece resolvido. O revestimento das bordas ósseas com tântalo, polietileno ou silicone, além de não fornecer os resultados esperados, apresenta riscos inerentes ao uso de corpos estranhos. Os líquidos utilizados para diminuir a atividade osteoblástica do periósteo ainda não estão suficientemente estudados.http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-282X1965000400001&lng=en&tlng=en |
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