A ANTÍTESE DA FRONTEIRA: O WESTERN DE QUENTIN TARANTINO E O SECCIONALISMO

A fronteira oeste dos Estados Unidos tornou-se elemento definidor de suas identidade e narrativa nacional a partir da frontier thesis de Frederick Jackson Turner, e no século XX, o cinema, através do gênero western, cristalizou elementos essenciais que transformaram a fronteira em mito, e colaborara...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Rafael Gonçalves Borges
Format: Article
Language:Portuguese
Published: Coimbra University Press 2017-09-01
Series:Revista de História das Ideias
Subjects:
Online Access:https://impactum-journals.uc.pt/rhi/article/view/6329
Description
Summary:A fronteira oeste dos Estados Unidos tornou-se elemento definidor de suas identidade e narrativa nacional a partir da frontier thesis de Frederick Jackson Turner, e no século XX, o cinema, através do gênero western, cristalizou elementos essenciais que transformaram a fronteira em mito, e colaboraram para fortalecer os pressupostos de grandiosidade que os norte-americanos se atribuem. Tal gênero entra em crise (de produção e representação) em fins da década de 1960, mas tem sido constantemente retomado por alguns cineastas, sendo Quentin Tarantino um dos principais responsáveis por revisitar os cânones. Este texto se propõe a analisar de que modo os dois últimos filmes de Tarantino, Django Unchained e The Hateful Eight, podem ser lidos como uma reinterpretação e questionamento da tese da fronteira de Frederick Jackson Turner, reposicionando o papel dos seccionalismos na elaboração da narrativa nacional.
ISSN:0870-0958
2183-8925