Perfil de usuários com necessidades de cuidados paliativos vinculados a uma Unidade Básica de Saúde no município de Porto Alegre/RS

O fortalecimento em Cuidados Paliativos (CP) na Atenção Primária à Saúde (APS) aumenta a qualidade do atendimento no fim de vida e possibilita redução de complicações por longas internações. O objetivo deste trabalho foi analisar dados sobre a mortalidade ocorrida em portadores de doenças crônicas...

Full description

Bibliographic Details
Main Authors: Juliana Marques Coelho Bastos, Marília de Oliveira Imthon, Patrícia Leal Pinheiro, Daniel Klug, Luciana Pinto Saavedra, Geraldo Pereira Jotz, Cledy Eliana dos Santos
Format: Article
Language:English
Published: Centro Universitário São Camilo 2023-03-01
Series:O Mundo da Saúde
Subjects:
Online Access:https://revistamundodasaude.emnuvens.com.br/mundodasaude/article/view/1490
Description
Summary:O fortalecimento em Cuidados Paliativos (CP) na Atenção Primária à Saúde (APS) aumenta a qualidade do atendimento no fim de vida e possibilita redução de complicações por longas internações. O objetivo deste trabalho foi analisar dados sobre a mortalidade ocorrida em portadores de doenças crônicas avançadas não transmissíveis vinculados à Unidade Básica de Saúde Vila Floresta do Grupo Hospitalar Conceição (USVF-GHC) e verificar quantos destes seriam elegíveis aos CP. Trata-se de uma pesquisa de caráter transversal, descritiva e de abordagem quantitativa e retrospectiva. Os dados são provenientes de registros eletrônicos em saúde, do relatório de monitoramento gerencial, dos prontuários na USVF-GHC e da vigilância epidemiológica de Porto Alegre. Utilizou-se a escala Palliative Care Screening Tool (PCST) para critério de elegibilidade à CP. De um total de 155 pessoas que faleceram e moravam no território de atuação da USVF-GHC no ano de 2019, 55,2%(n=86) eram do sexo feminino, 54,2%(n=84) eram idosos com mais de 80 anos, 23,9%(n=37) tinham o tempo entre diagnóstico e óbito com mais de 5 anos, em 69,7%(n=108) dos casos o local de falecimento foi o hospital, 66,5%(n=103) não tinham prontuário, para 34,8%(n=54) foram as neoplasias as principais causas de óbito e 42,6%(n=66) foram considerados elegíveis aos CP segundo a PCST. Conclui-se que o perfil de pessoas com diagnóstico há mais de cinco anos da doença que resultou no óbito poderia ser observado com maior atenção pelas equipes da APS no que diz respeito aos CP, aumentando as buscas ativas e estabelecendo comunicação efetiva com os hospitais na transferência de cuidados.
ISSN:0104-7809
1980-3990