Summary: | O objetivo do estudo foi verificar a influência do exercício resistido (ER) na pressão intraocular (PIO) em diferentes fases do ciclo menstrual. Foram estudadas nove mulheres (27,4+7,5 anos) nas fases ovulatória (14º ao 16º dia do ciclo menstrual) e lútea (25º ao 28º dia do ciclo menstrual), submetidas ao exercício resistido. A PIO foi mensurada com tonômetro de Perkins, antes (M1), durante (M2), imediatamente após (M3) e cinco minutos após o término da sessão de ER (M4). Como procedimento estatístico foi aplicado o teste de Kolmogorov–Smirnov, ANOVA, com verificação de Bonferroni. Foram encontradas diferenças significativas na sessão de ER durante a fase lútea (olho direito) entre a PIO no M1 (14,1 + 1,1 mmHg) com M2 (11 + 2,1 mmHg, p<0,001), M3 (10,8 + 1,9 mmHg, p<0,001) e M4 (11,3 + 1,3 mmHg, p<0,05). Na mesma fase, no olho esquerdo, observou-se diferenças entre a PIO do M1 (14,5 + 1,8 mmHg) com M2 (11,1 + 2,5 mmHg, p<0,01), M3 (11,3 + 2,5 mmHg, p<0,001) e M4 (11,8 + 1,1 mmHg, p<0,05). Por outro lado, na fase ovulatória houve diferenças significativas, apenas no olho esquerdo, entre a PIO do M1 (13,8 + 3,6 mmHg) com M2 (10,6 + 2,6 mmHg, p<0,01) e M3 (10,5 + 3,1 mmHg; p<0,01). Descritivamente a PIO foi maior em todas as medições na fase lútea. A pressão intraocular, de mulheres com ciclo menstrual regular, diminuiu durante e depois da sessão de ER, independentemente da fase do ciclo menstrual (ovulatória ou lútea). Esses achados podem contribuir para melhorar a prescrição de exercício para mulheres com fatores de risco ou com PIO elevada.
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