Osteossíntese de fratura diafisária femoral em gavião-carijó (Rupornis magnirostris)

O gavião-carijó (Rupornis magnirostris) é uma ave de rapina que apresenta ampla ocorrência e distribuição no território brasileiro. Por conta de ações antrópicas, são frequentemente avistados em áreas urbanas, não sendo raros os casos de acidentes envolvendo indivíduos dessa espécie, que acabam sen...

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Main Authors: Raphael Seligman, Juliano Biolchi, Alaina Maria Correia, Cecilia Pintarelli Minuzzi, Jade Terra Schwarzenberg, Marília Mainardes Breda, Thaís Jassek Soares, Iara Luiza Matos de Lima, Leonardo Bianchi de Oliveira, Alexandre Longo Filho, Juliana Cavalli Santos, Rogério Ribas Lange
Format: Article
Language:English
Published: Editora MV Valero 2024-01-01
Series:Pubvet
Subjects:
Online Access:http://ojs.pubvet.com.br/index.php/revista/article/view/3415
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author Raphael Seligman
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description O gavião-carijó (Rupornis magnirostris) é uma ave de rapina que apresenta ampla ocorrência e distribuição no território brasileiro. Por conta de ações antrópicas, são frequentemente avistados em áreas urbanas, não sendo raros os casos de acidentes envolvendo indivíduos dessa espécie, que acabam sendo encaminhados para atendimento nos centros de resgate e reabilitação de animais silvestres. Apresentando diversas causas, sendo a maioria relacionada com interferência humana, lesões traumáticas, especialmente fraturas, são constantemente reportadas. Casos como esses, tendo em vista a necessidade de uma recuperação eficaz após o trauma, constituem um desafio sempre que existe o objetivo de reintroduzir o animal à vida livre. Este trabalho teve o objetivo de relatar o caso de um gavião-carijó, jovem, pesando 235 gramas, atendido no Centro de Apoio à Fauna Silvestre (CAFS) e encaminhado ao Hospital Veterinário da Universidade Federal do Paraná, apresentando fratura transversa, completa, em diáfise distal de fêmur esquerdo. O animal foi submetido ao procedimento de osteossíntese a partir de uma abordagem combinada com pino intramedular e fixadores externos, visando-se restaurar a função do membro acometido. A retirada dos pinos ocorreu aos 42 dias de pós-operatório, após a confirmação radiográfica da não visualização da linha de fratura, além de notável formação de calo ósseo regular na região. Neste estágio o animal já apoiava completamente o peso corporal no membro afetado e demonstrava capacidade para posar de forma usual, sendo assim optado pelo seu retorno ao CAFS. Após 18 dias de ambientação em recinto maior, testes de voo e reabilitação, completando 60 dias de pós-operatório, o animal foi considerado apto, sendo realizada sua soltura em local de ocorrência da espécie. A combinação de pino intramedular com fixadores externos se mostrou eficaz por promover adequada consolidação da fratura, assim como a restauração funcional do membro em um rapinante de vida livre, tornando possível a reintrodução do animal ao seu habitat natural.
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