Enxerto Ósseo na Fenda Lábio-Palatina: Experiência de um Hospital de Referência Português

Introdução: A fenda lábio-palatina é a malformação congénita craniofacial mais frequente. Na presença de defeito ósseo, a técnica de enxerto ósseo alveolar secundário é o método de correção mais consensual entre os autores. Neste estudo avalia-se o resultado da aplicação desta técnica num hospital...

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Bibliographic Details
Main Authors: Ana Isabel Costa, Hélder Morgado, Carlos Mariz, José Manuel Estevão-Costa
Format: Article
Language:English
Published: Ordem dos Médicos 2016-03-01
Series:Acta Médica Portuguesa
Subjects:
Online Access:https://www.actamedicaportuguesa.com/revista/index.php/amp/article/view/6418
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description Introdução: A fenda lábio-palatina é a malformação congénita craniofacial mais frequente. Na presença de defeito ósseo, a técnica de enxerto ósseo alveolar secundário é o método de correção mais consensual entre os autores. Neste estudo avalia-se o resultado da aplicação desta técnica num hospital terciário. Material e Métodos: Análise dos enxertos ósseos alveolares secundários realizados entre 2007 e 2014, sendo incluídos os casos em que a crista ilíaca foi a região dadora e em que a informação clínica e imagiológica estava completa. A eficácia da intervenção foi avaliada radiologicamente com recurso à escala de Bergland (tipo I-IV), e correlacionada com variáveis associadas à patologia e/ou correção cirúrgica. Resultados: Dos 32 enxertos ósseos alveolares secundários realizados, 29 cumpriam os critérios de inclusão: 13 casos (44,8%) correspondiam a fendas pré-forâmen unilaterais completas; quatro (13,8%) a fendas pré-forâmen bilaterais completas; oito (27,6%) a fendas transforâmen unilaterais e quatro (13,8%) a fendas transforâmen bilaterais. Pela escala de Bergland (aplicada com um seguimento médio de 8 ± 5 meses), seis eram do tipo I, 15 do tipo II, cinco de tipo III e três do tipo IV. Não foi encontrada associação entre a eficácia da intervenção cirúrgica e o tipo de fenda lábio-palatina, presença do incisivo e fase de erupção do canino. Cinco doentes foram submetidos a novo enxerto ósseo alveolar (três tipo II e dois tipo III na avaliação inicial). Discussão: Na presente série, o enxerto ósseo alveolar foi eficaz na maioria dos doentes (72%, tipo I e II), independentemente do tipo de fenda lábio-palatina. A proporção de falências (10,3%) e a necessidade ulterior de reintervenção (17%) foram relativamente altas justificando o seguimento a longo-prazo e a continuação deste estudo. Conclusão: Importa realçar o envolvimento multidisciplinar para identificação atempada do momento ideal para intervenção e otimi- zação dos resultados.
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