Feminino: uma construção a partir do não ser

Este trabalho tem por objetivo apresentar algumas contribuições da psicanálise de Freud à Lacan sobre o enigma que é a mulher, partindo da fase pré-edipiana, bem como o complexo de castração e o complexo de Édipo, direcionando a pesquisa aos avanços teóricos que Lacan nos apresenta com suas conceitu...

Full description

Bibliographic Details
Main Authors: Allícya Feres, Clarissa Queiroz Doro Dias, Bárbara Batista Silveira, Fernanda Cabral Samico
Format: Article
Language:Portuguese
Published: Universidade Severino Sombra 2021-08-01
Series:Revista Mosaico
Online Access:http://editora.universidadedevassouras.edu.br/index.php/RM/article/view/2800
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spelling doaj.art-274748405d164447b9cd67c53eaa66382022-12-21T17:21:54ZporUniversidade Severino SombraRevista Mosaico2178-77192021-08-01122788410.21727/rm.v12i2.28002800Feminino: uma construção a partir do não serAllícya Feres0Clarissa Queiroz Doro Dias1Bárbara Batista Silveira2Fernanda Cabral Samico3UNIVERSIDADE DE VASSOURASUniversidade de VassourasUniversidade de VassourasCorpo FreudianoEste trabalho tem por objetivo apresentar algumas contribuições da psicanálise de Freud à Lacan sobre o enigma que é a mulher, partindo da fase pré-edipiana, bem como o complexo de castração e o complexo de Édipo, direcionando a pesquisa aos avanços teóricos que Lacan nos apresenta com suas conceitualizações das fórmulas quânticas de sexuação. Abordaremos, ainda, o campo do feminino e suas respectivas modalidades de gozo e de amor. Em seguida, discutiremos as influências dessas modalidades na forma feminina de amar. A metodologia utilizada foi a revisão bibliográfica de textos concernentes ao tema e o argumento norteador parte dos estudos de Lacan que dizem que não existe, no campo do Outro, um significante que signifique o que é ser mulher ou o que é o sexo feminino. O que há é um furo, e isso faz com que a mulher possa transitar entre dois campos, um fálico e outro não-todo. Como consequência dessa não definição do que é ser mulher, de alguma forma, resta a ela uma busca por algo que delineie sua existência e dê algum contorno à sua feminilidade, o que pode desencadear uma trama de amor e ódio com seu representante materno, e futuramente com seus parceiros. Partindo disso, Lacan lança o conceito de devastação. Para as mulheres, o amor e a devastação andam lado a lado e atravessam diretamente suas vidas, trazendo desdobramentos significativos nas relações amorosas que elas irão assumir posteriormente, o que reflete em nossa sociedade de forma direta.http://editora.universidadedevassouras.edu.br/index.php/RM/article/view/2800
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