Summary: | As interpretações referentes ao relacionamento entre Blaise Pascal e Renné Descartes costumam situar-se entre dois extremos. Algumas vezes, o autor dos Pensamentos é interpretado como uma espécie de cartesiano indeciso, incapaz de separar o seu discurso religioso das investigações científicas e filosóficas. Outras vezes, Pascal é estereotipado como uma espécie de anti-cartesiano empedernido, um apologista cuja fé não pode evitar o racionalismo. O presente busca evitar estas duas compreensões, tentando encontrar um Pascal que foi cartesiano em certa medida, mas, ao mesmo tempo, crítico de Descartes, sem que, contudo, tal crítica justifique a acusação de irracionalismo.
|