Summary: | O fenômeno das drogas está presente desde os primórdios
da humanidade e no universo feminino houve um
crescimento do consumo nos últimos anos, criando novos
desafios à saúde materno-infantil, devido seus efeitos
deletérios no binômio. O objetivo foi caracterizar o perfil
sociodemográfico das mulheres usuárias de álcool e outras
drogas na gravidez. Trata-se de um estudo descritivo e
exploratório através de análise documental. A população
foi composta por 57 gestantes internadas em hospital
escola entre 2008 a 2015. Os dados foram submetidos à
análise descritiva simples e atendeu os preceitos éticos em
pesquisa com seres humanos. O perfil sociodemográfico
encontrado foi predominante de gestantes jovens, com
baixa escolaridade e sem vinculo empregatício, nove vivia
em situação de rua. A droga ilícita mais utilizada foi à
cocaína, tanto na forma em pó quanto na forma de crack,
enquanto as drogas lícitas foram o derivado do tabaco
seguido da bebida alcoólica. O principal motivo de
internação foi as intercorrências obstétricas, elas tinham
baixa adesão ao pré-natal, indicando que o serviço de
saúde teve dificuldade em acessá-las. O principal desfecho
encontrado foi o parto vaginal e cirúrgico, com um período
de internação superior ao esperado e baixo vinculo afetivo
com recém-nascido.
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