Estudo sobre a prática da automedicação em paranaenses adultos durante a pandemia da COVID-19

O desconhecimento sobre medicamentos para prevenir ou tratar a COVID-19, bem como o uso de prescrições anteriores e o armazenamento de medicamentos em casa podem estimular a automedicação. Assim, este trabalho teve como objetivo estudar a prática da automedicação em indivíduos paranaenses adultos d...

Full description

Bibliographic Details
Main Authors: Camila Zurlo Pianca, Flavia Cristina da Silva, Any de Castro Ruiz Marques
Format: Article
Language:English
Published: Centro Universitário São Camilo 2023-10-01
Series:O Mundo da Saúde
Subjects:
Online Access:https://revistamundodasaude.emnuvens.com.br/mundodasaude/article/view/1299
Description
Summary:O desconhecimento sobre medicamentos para prevenir ou tratar a COVID-19, bem como o uso de prescrições anteriores e o armazenamento de medicamentos em casa podem estimular a automedicação. Assim, este trabalho teve como objetivo estudar a prática da automedicação em indivíduos paranaenses adultos durante o período da pandemia da COVID-19. Para tanto, foi realizado um estudo quantitativo-descritivo e transversal com distribuição on-line de questionários alcançando paranaenses com idade ≥18 anos. Os resultados mostram que pacientes (n=329) entre 18-37 anos foram os mais abordados. Aproximadamente 24% se automedicaram, influenciados principalmente por possuírem o medicamento em casa (21%) ou por familiar ou amigos (13%). A automedicação na prevenção da COVID-19 foi frequente para vitaminas (28%) e ivermectina (20%). Já o uso de medicamentos sem prescrição utilizados em sintomas respiratórios foi em grande maioria com analgésicos/antitérmicos (17%) e relaxantes musculares (10%). Além disso, participantes com positividade para a COVID-19 se automedicaram com vitaminas (6%); ivermectina ou nitazoxanida (4%); e analgésicos/antitérmicos (3%). O uso da ivermectina ou nitazoxanida para a COVID-19 não comprovada cientificamente para esta finalidade. Por fim, a automedicação para sintomas não respiratórios foi maior nos analgésicos e antitérmicos (14%), relaxantes musculares (9%) e laxantes (9%). Apesar de pouco utilizada, a automedicação com cloroquina/hidroxicloriquina foi citada, mesmo sem estudo de eficácia para a COVID-19. Conclui-se que, mais da metade dos participantes paranaenses adultos realizaram automedicação durante a pandemia da COVID-19, sendo que as classes medicamentosas mais frequentes foram analgésicos/antitérmicos, relaxantes musculares, laxantes, vitaminas e ivermectina.
ISSN:0104-7809
1980-3990