A Utopia como consciência subversiva
A realidade ainda-não-veio-a-ser, diz Ernst Bloch. Ela é mediação entre presente, passado pendente e futuro possível: ela é hiato, inacabada, em devenir inconcluso. Na trilha do ainda-não, o pensamento utópico explora esse hiato de angustia, temor, esperança e sonhos que dão sentidos e significado...
Main Author: | |
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Format: | Article |
Language: | Portuguese |
Published: |
Universidade Estadual de Maringá
2010-11-01
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Series: | Revista Espaço Acadêmico |
Subjects: | |
Online Access: | https://periodicos.uem.br/ojs/index.php/EspacoAcademico/article/view/10657 |
Summary: |
A realidade ainda-não-veio-a-ser, diz Ernst Bloch. Ela é mediação entre presente, passado pendente e futuro possível: ela é hiato, inacabada, em devenir inconcluso. Na trilha do ainda-não, o pensamento utópico explora esse hiato de angustia, temor, esperança e sonhos que dão sentidos e significados àquilo que, irrompendo, ainda não é efetivo, mas que, possibilidade, acossa o instante vivido. A Utopia é, portanto, o modo de "estar-no-mundo" da consciência inconformada, e que tende muitas vezes a sentir-se como um estrangeiro, ou ao sabor de Quintana, como que se a alma pertencesse a um outro mundo.
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ISSN: | 1519-6186 |