Summary: | A Campanha de Nacionalização, projetada pelo governo Getúlio Vargas durante o Estado Novo (1937-1945), foi um dos momentos em que a contraposição entre “nós” e “eles” esteve presente na história do Brasil. Elaborada para construir uma versão da identidade nacional brasileira, as ações “nacionalizantes” reprimiram diversas representações étnicas e culturais que não se enquadravam no perfil do genuíno brasileiro, como escolas, bailes e igrejas onde se falava em idioma estrangeiro. No caso especificado neste artigo, os imigrantes alemães e seus descendentes, instituições germânicas foram fechadas, pessoas foram perseguidas e o idioma alemão foi proibido em função da ameaça que esse grupo representava à unidade nacional. As entrevistas obtidas através do método da história oral, que narram atualmente memórias de descendentes que vivenciaram este processo, são importante peça para compreender esta história num determinado povoado sul-rio-grandense. Junto às memórias, decretos-lei e documentos encontrados por moradores do município analisado possibilitam identificar espaços e manifestações culturais que sofreram interrupções pela Campanha.
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