Telerreabilitação vocal na doença de Parkinson

RESUMO A doença de Parkinson (DP) é uma moléstia neurodegenerativa associada a significantes prejuízos motores, neuropsicológicos e sensoriais. Alterações na qualidade da voz são frequentes durante o curso da doença e os pacientes enfrentam obstáculos no acesso a serviços de reabilitação fonoaudioló...

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Bibliographic Details
Main Authors: Alice Estevo Dias, João Carlos Papaterra Limongi, Egberto Reis Barbosa, Wu Tu Hsing
Format: Article
Language:English
Published: Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia
Series:CoDAS
Subjects:
Online Access:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2317-17822016000200176&lng=en&tlng=en
Description
Summary:RESUMO A doença de Parkinson (DP) é uma moléstia neurodegenerativa associada a significantes prejuízos motores, neuropsicológicos e sensoriais. Alterações na qualidade da voz são frequentes durante o curso da doença e os pacientes enfrentam obstáculos no acesso a serviços de reabilitação fonoaudiológica adequada. A telerreabilitação é uma possível solução para esse problema, uma vez que pode ser implementada a distância, com recursos de telemedicina, via tecnologias de comunicação e informação. Objetivo: Investigar a eficiência da telerreabilitação da voz em pacientes com DP. Métodos: Participaram 20 pacientes com DP e queixas de voz. A telerreabilitação síncrona (em tempo real) ocorreu a partir de videoconferência (Adobe Connect 8), os pacientes foram telerreabilitados pela versão estendida do Lee Silverman Voice Treatment (LSVT-X) e avaliados, antes e depois dessa intervenção por meio de análise perceptual da qualidade vocal pela Escala GRBASI. No final da intervenção, todos responderam a questionário estruturado sobre a experiência com a telerreabilitação. Resultados: As análises revelaram diminuição na magnitude das alterações da qualidade da voz após a intervenção, indicando melhoria do padrão vocal. Todos os pacientes relataram satisfação e preferência pela telerreabilitação em comparação com a reabilitação presencial, assim como positiva percepção de áudio e vídeo. Algumas adversidades tecnológicas foram identificadas, mas não impediram as abordagens de avaliação e tratamento. Conclusão: Os resultados sugerem que a telerreabilitação seja uma intervenção eficiente para os sintomas da qualidade da voz associados à DP e pode ser indicada para pacientes com acesso a tecnologias e dificuldades no alcance de profissionais ou centros especializados.
ISSN:2317-1782