Consumo de cafeína: o que aconselhar na preconceção e gravidez?
Objetivo: Rever a evidência sobre a associação entre consumo de cafeína em mulheres saudáveis – no período preconceção ou durante a gravidez – e o risco de abortamento espontâneo ou nado morto. Fontes de dados: Bases de dados MEDLINE, National Guideline Clearinghouse, Canadian Medical Assoc...
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Format: | Article |
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Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar
2017-02-01
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Series: | Revista Portuguesa de Medicina Geral e Familiar |
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author | Filipa Matias Alice Jeri Sofia Rodrigues |
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Objetivo: Rever a evidência sobre a associação entre consumo de cafeína em mulheres saudáveis – no período preconceção ou durante a gravidez – e o risco de abortamento espontâneo ou nado morto.
Fontes de dados: Bases de dados MEDLINE, National Guideline Clearinghouse, Canadian Medical Association Practice Guidelines Infobase, Cochrane Library, Bandolier, DARE, Trip Datebase e Índex de Revistas Médicas Portuguesas.
Métodos de revisão: Revisão baseada na evidência de artigos publicados nos últimos cinco anos (de 1 de agosto de 2010 a 31 de agosto de 2015), nas línguas inglesa, francesa, italiana, espanhola e portuguesa. Foram utilizados os termos MESH ‘caffeine’, ‘spontaneous abortion’ e ‘fetal death’. Para avaliação do nível de evidência (NE) e força de recomendação foi utilizada a escala Strength of recommendation taxonomy, da American Family Physician.
Resultados: Foram obtidos 84 artigos, dos quais quatro cumpriam os critérios de inclusão: três revisões sistemáticas com meta-análises (todas com NE 2) e um estudo coorte prospetivo (NE 1). Parece existir um aumento do risco de abortamento espontâneo ou nado morto com o consumo moderado a elevado de cafeína (superior a 100-150mg/dia) durante a gravidez. Não há evidência suficiente que demostre associação de risco no consumo durante a preconceção.
Conclusões: O consumo moderado a elevado de cafeína durante a gravidez está associado ao aumento do risco de abortamento espontâneo e de nado morto (força de recomendação B), aconselhando-se um consumo nulo ou mínimo de cafeína ( |
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publisher | Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar |
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spelling | doaj.art-2b03dcec5a9f4c359ff318785acf22242024-03-20T14:06:06ZengAssociação Portuguesa de Medicina Geral e FamiliarRevista Portuguesa de Medicina Geral e Familiar2182-51812017-02-0133110.32385/rpmgf.v33i1.12024Consumo de cafeína: o que aconselhar na preconceção e gravidez?Filipa Matias0Alice Jeri1Sofia Rodrigues2Médica Interna de Medicina Geral e Familiar.USF Novo Sentido, ACeS Porto OrientalMédica Interna de Medicina Geral e Familiar.USF Barão de Nova Sintra, ACeS Porto OrientalMédica Interna de Medicina Geral e Familiar.USF Novo Sentido, ACeS Porto Oriental Objetivo: Rever a evidência sobre a associação entre consumo de cafeína em mulheres saudáveis – no período preconceção ou durante a gravidez – e o risco de abortamento espontâneo ou nado morto. Fontes de dados: Bases de dados MEDLINE, National Guideline Clearinghouse, Canadian Medical Association Practice Guidelines Infobase, Cochrane Library, Bandolier, DARE, Trip Datebase e Índex de Revistas Médicas Portuguesas. Métodos de revisão: Revisão baseada na evidência de artigos publicados nos últimos cinco anos (de 1 de agosto de 2010 a 31 de agosto de 2015), nas línguas inglesa, francesa, italiana, espanhola e portuguesa. Foram utilizados os termos MESH ‘caffeine’, ‘spontaneous abortion’ e ‘fetal death’. Para avaliação do nível de evidência (NE) e força de recomendação foi utilizada a escala Strength of recommendation taxonomy, da American Family Physician. Resultados: Foram obtidos 84 artigos, dos quais quatro cumpriam os critérios de inclusão: três revisões sistemáticas com meta-análises (todas com NE 2) e um estudo coorte prospetivo (NE 1). Parece existir um aumento do risco de abortamento espontâneo ou nado morto com o consumo moderado a elevado de cafeína (superior a 100-150mg/dia) durante a gravidez. Não há evidência suficiente que demostre associação de risco no consumo durante a preconceção. Conclusões: O consumo moderado a elevado de cafeína durante a gravidez está associado ao aumento do risco de abortamento espontâneo e de nado morto (força de recomendação B), aconselhando-se um consumo nulo ou mínimo de cafeína (https://rpmgf.pt/ojs/index.php/rpmgf/article/view/12024CafeínaAbortamento espontâneoMorte fetalNado mortoGravidezPreconceção. |
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