Um estudo sobre o paradigma proibicionista e a (des)criminalização da maconha no Brasil

A maconha atualmente figura entre as substâncias consideradas ilícitas no Brasil. No entanto, nem sempre foi assim. O processo histórico que culminou com a proibição da maconha no Brasil é datado do início do século XX, perpassado por concepções eugenistas e higienistas que consolidaria o paradigma...

Full description

Bibliographic Details
Main Authors: Mateus Alexandre Pratas Rezende, Daniele Andrade Ferrazza, Guilherme Augusto Souza Prado
Format: Article
Language:Portuguese
Published: Universidade Federal do Rio Grande do Sul 2021-07-01
Series:Revista Polis e Psique
Subjects:
Online Access:https://seer.ufrgs.br/PolisePsique/article/view/108226/63737
Description
Summary:A maconha atualmente figura entre as substâncias consideradas ilícitas no Brasil. No entanto, nem sempre foi assim. O processo histórico que culminou com a proibição da maconha no Brasil é datado do início do século XX, perpassado por concepções eugenistas e higienistas que consolidaria o paradigma proibicionista. Todavia, ainda que paulatinamente, o proibicionismo vem sendo questionado em âmbito internacional e já há registros de outros modelos de relação de Estados com as drogas e dos indivíduos com as substâncias psicoativas. Sendo assim, o presente artigo, através da realização de entrevistas semiestruturadas, buscou identificar as diferentes maneiras pelas quais a proibição da maconha exerce seus efeitos nas subjetividades de indivíduos militantes, usuários ou não da planta. Dessa maneira, pretende-se demostrar a possibilidade de se pensar novas formas de se relacionar com a maconha, tanto em âmbito individual quanto em âmbito social, e ampliar o conhecimento da população acerca dos efeitos da proibição.
ISSN:2238-152X