Summary: | Tendo em vista o questionamento “como o devir estabelece a relação híbrida entre ilustração e palavra no conto ‘Conversa de bois’, de Guimarães Rosa”, este artigo levanta reflexões sobre e a partir de certo indiscernimento entre imagens sensíveis e visíveis, que tanto emanam mentalmente do texto quanto o acompanham como ilustração literária visível. Com plano de fundo tecido por meio dos conceitos de Krauss e Bellour sobre campo expandido e relações híbridas entre imagem e literatura, aqui se desencadeia uma caminhada por algumas apreensões sobre o tema, em um devaneio que evoca e relaciona imagens para entender um devir-palavra e um devir-escritor-feiticeiro submersos em uma aura de mistério. O imaginário de feiticeiro e as simbologias do boi, são, também, chaves interpretativas que relacionam o conto e o livro rosiano como objeto aos conceitos de feitiçaria e devir-animal, de Deleuze e Guattari.
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