CART-T-CELL, UMA MELHORA EXTRAORDINÁRIA DO LINFOMA DIFUSO DE GRANDES CÉLULAS B RECIDIVADO/REFRATÁRIO

Linfoma Difuso de Grandes Células B (DGCB) é o subtipo mais comum de Linfomas Não Hodgkin-B (LNH-B), responsável por 25%‒40% dos casos de linfomas. Embora a maioria dos pacientes com DGCB tratada na era de imunoquimioterapia responda ao tratamento, 20% a 40% dos pacientes não atingirão a Remissão ou...

Full description

Bibliographic Details
Main Authors: VG Moreira, CCO Miranda, AWA Almeida, MLM Cortez, FB Carvalho, WM Azevedo, AF Silva, TACB Silva, S Magalhaes
Format: Article
Language:English
Published: Elsevier 2023-10-01
Series:Hematology, Transfusion and Cell Therapy
Online Access:http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S2531137923011471
Description
Summary:Linfoma Difuso de Grandes Células B (DGCB) é o subtipo mais comum de Linfomas Não Hodgkin-B (LNH-B), responsável por 25%‒40% dos casos de linfomas. Embora a maioria dos pacientes com DGCB tratada na era de imunoquimioterapia responda ao tratamento, 20% a 40% dos pacientes não atingirão a Remissão ou Recidivarão (R/R). O tratamento e a evolução dos pacientes portadores deste tipo de linfoma, com refratariedade ou recidiva, podem se beneficiar da nova terapia com células CAR-T. Caso clínico: Mulher, 44 anos, diagnostica com Linfoma Difuso de Grandes Células B em 2015, estádio IVB, refratário, após quinta linha de tratamento. Internada para realizar Car-T Cell com condicionamento de Bendamustina, ainda com lesão captante em PET-CT. Apresentou melhora da lesão após 5 dias de infusão dos linfócitos e sem recidiva da doença ate o momento presente. Células CAR-T são células produzidas em laboratório derivadas das células mais importantes do nosso sistema de defesa, as células-T. Em seu estado natural, as células-T, que nos protege contra infecções e tumores, podem perder a capacidade de “enxergar”as células do câncer. Assim, o processo de produção das células CAR T nada mais é do que modificar as células-T para que elas possam readquirir a capacidade de “enxergar”células específicas do câncer e destruí-las, tais como as células das leucemias e dos linfomas. O emprego das células CAR-T para o tratamento de pacientes com LNH-B tem se mostrado uma terapia bastante promissora, com resultados expressivos em pacientes com doença R/R. A seleção adequada dos pacientes é crucial para garantir que essa terapia onerosa, e com disponibilidade limitada, seja oferecida aos pacientes que mais podem se beneficiar dela. Conclusão: A terapia com células CAR-T anti-CD19 está revolucionando e trazendo uma modalidade terapêutica nova, desafiadora, efetiva, segura, principalmente para pacientes sem opções terapêuticas, modificando o cenário de prognostico desfavorável e transformando em respostas potencialmente duradouras e até mesmo curativas.
ISSN:2531-1379