Summary: | Este artigo busca apontar a ressignificação dada pela literatura brasileira contemporânea às manifestações da violência, nos âmbitos institucional e privado, a partir da obra literária Gog Magog, de Patrícia Melo (2017). Discute-se, então, em que medida a obra literária consegue apreender a indiferença, o ódio e a violência decorrentes das relações humanas fragmentadas na contemporaneidade. Para isso, este texto está dividido em cinco momentos: o Brasil das estatísticas chega ao romance, a literatura como questionamento do imediatismo e da dissolução das relações humanas; quando o diálogo é interrompido; o barulho como representação da incomunicabilidade; e por fim, as delimitações entre a violência estrutural e aquelas refletidas na vida privada.
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