A difusão dos OGM no Brasil: imposição e resistências

Autorizados para comercialização nos EUA desde 1994, os Organismos Geneticamente Modificados (OGM) ou trangênicos difundiram-se rapidamente naquele país e em outros importantes produtores de commodities agrícolas nas Américas, como Canadá, México e Argentina. O Brasil, no entanto, manteve-se, até o...

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Bibliographic Details
Main Authors: Victor Pelaez, Wilson Schmidt
Format: Article
Language:English
Published: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro 2013-12-01
Series:Estudos Sociedade e Agricultura
Online Access:https://revistaesa.com/ojs/index.php/esa/article/view/167
Description
Summary:Autorizados para comercialização nos EUA desde 1994, os Organismos Geneticamente Modificados (OGM) ou trangênicos difundiram-se rapidamente naquele país e em outros importantes produtores de commodities agrícolas nas Américas, como Canadá, México e Argentina. O Brasil, no entanto, manteve-se, até o momento, à margem deste processo. Analisar, a partir do caso mais concreto da soja Roundup Ready, os fatores que limitam o processo de difusão dos OGM no Brasil, é o objetivo deste artigo. Procura-se indicar como a atual resistência aos transgênicos, por parte de organizações ligadas à agricultura familiar brasileira, representa uma continuidade de um processo, iniciado no final dos anos 1970, de questionamento do modelo agrícola adotado no país e de combate às regulamentações que lhes são favoráveis. O artigo enfatiza a polarização de interesses resultante das estratégias de apropriação da Monsanto, apoiadas por ações “colaboracionistas” do governo federal, e as dos agricultores de se (re)apropriarem dos conhecimentos e do material vegetal que utilizam e melhoram.
ISSN:2526-7752