MIELITE ESQUISTOSSOMÓTICA: UM RELATO DE CASO
A esquistossomose mansônica constitui um sério problema de saúde pública no Brasil, podendo levar o indivíduo a consequências graves, como o comprometimento do sistema nervoso central. Atualmente, diante da maior frequência das formas medulares da esquistossomose, tornam-se cada vez mais necessárias...
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Format: | Article |
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Published: |
Faculdades Nova Esperança
2018-10-01
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Series: | Revista de Ciências da Saúde Nova Esperança |
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author | Clélia de Alencar Xavier Mota Alberto de Sousa Videres Filho Evander de Lima Vitorino José Tardelly Tavares de Araújo |
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description | A esquistossomose mansônica constitui um sério problema de saúde pública no Brasil, podendo levar o indivíduo a consequências graves, como o comprometimento do sistema nervoso central. Atualmente, diante da maior frequência das formas medulares da esquistossomose, tornam-se cada vez mais necessárias investigações clínico-laboratoriais em pacientes com quadro clínico sugestivo. A descrição do caso do paciente em estudo torna-se relevante para os profissionais de saúde, auxiliando-os no diagnóstico e tratamento precoces. W.T.M., 30 anos, relatou dor lombar, irradiada para os membros inferiores, paraparesia e retenção urinária, 60 dias após banho de rio. Cerca de 12 dias após o início dos sintomas e diversas passagens por hospitais, os exames foram compatíveis com mielite transversa esquistossomótica, ficando o paciente internado, em uso de corticoesteróides e praziquantel. Apresentou melhora progressiva do quadro, porém persiste, até hoje, com paraparesia, dores neuropáticas e bexiga e intestino neurogênicos. A mielorradiculopatia esquistossomótica é a forma ectópica mais grave e incapacitante da infecção pelo Schistosoma mansoni. As manifestações clínicas são diversas, sendo frequente a tríade prodrômica dor lombar, alterações de sensibilidade de membros inferiores e disfunção urinária. Estas manifestações surgem de forma aguda e subaguda, com piora progressiva e acumulativa de sinais e sintomas, e em torno de 15 dias é instalado o quadro. O diagnóstico se baseia na tríade: manifestações clínicas, exclusão de outras causas de mielopatia e presença da infecção pelo S. mansoni. O tratamento é baseado em medidas específicas contra o parasito, profiláticas das possíveis complicações e abordagem multidisciplinar. O diagnóstico de mielite esquistossomótica deve ser sempre lembrado quando houver quadro neurológico suspeito e antecedente epidemiológico de esquistossomose, para a realização de tratamento adequado, evitando-se sequelas. O combate a esta doença deve se basear nas medidas de saneamento básico e de educação sanitária. |
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spelling | doaj.art-2cd9406653e14e9d9548853861644f042022-12-21T23:01:41ZengFaculdades Nova EsperançaRevista de Ciências da Saúde Nova Esperança1679-19832317-71602018-10-0116210010710.17695/revcsnevol16n2p100-10714MIELITE ESQUISTOSSOMÓTICA: UM RELATO DE CASOClélia de Alencar Xavier MotaAlberto de Sousa Videres FilhoEvander de Lima VitorinoJosé Tardelly Tavares de AraújoA esquistossomose mansônica constitui um sério problema de saúde pública no Brasil, podendo levar o indivíduo a consequências graves, como o comprometimento do sistema nervoso central. Atualmente, diante da maior frequência das formas medulares da esquistossomose, tornam-se cada vez mais necessárias investigações clínico-laboratoriais em pacientes com quadro clínico sugestivo. A descrição do caso do paciente em estudo torna-se relevante para os profissionais de saúde, auxiliando-os no diagnóstico e tratamento precoces. W.T.M., 30 anos, relatou dor lombar, irradiada para os membros inferiores, paraparesia e retenção urinária, 60 dias após banho de rio. Cerca de 12 dias após o início dos sintomas e diversas passagens por hospitais, os exames foram compatíveis com mielite transversa esquistossomótica, ficando o paciente internado, em uso de corticoesteróides e praziquantel. Apresentou melhora progressiva do quadro, porém persiste, até hoje, com paraparesia, dores neuropáticas e bexiga e intestino neurogênicos. A mielorradiculopatia esquistossomótica é a forma ectópica mais grave e incapacitante da infecção pelo Schistosoma mansoni. As manifestações clínicas são diversas, sendo frequente a tríade prodrômica dor lombar, alterações de sensibilidade de membros inferiores e disfunção urinária. Estas manifestações surgem de forma aguda e subaguda, com piora progressiva e acumulativa de sinais e sintomas, e em torno de 15 dias é instalado o quadro. O diagnóstico se baseia na tríade: manifestações clínicas, exclusão de outras causas de mielopatia e presença da infecção pelo S. mansoni. O tratamento é baseado em medidas específicas contra o parasito, profiláticas das possíveis complicações e abordagem multidisciplinar. O diagnóstico de mielite esquistossomótica deve ser sempre lembrado quando houver quadro neurológico suspeito e antecedente epidemiológico de esquistossomose, para a realização de tratamento adequado, evitando-se sequelas. O combate a esta doença deve se basear nas medidas de saneamento básico e de educação sanitária.https://revista.facene.com.br/index.php/revistane/article/view/14esquistossomose.mielopatia esquistossômica.neuroesquistossomose. |
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