Racionalidade e vulnerabilidade: elementos para a redefinição da sujeição moral

A filosofia moral tradicional estabelece o critério da posse da razão como exigência para a definição da pertinência ou não de um sujeito à comunidade moral humana, e, pois, a ser considerado digno de respeito ético e justiça. Contrariando a tradição moral, Kenneth E. Good-paster, Tom Regan e Paul W...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Felipe, Sônia Teresinha
Format: Article
Language:deu
Published: Editora da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (EDIPUCRS) 2007-01-01
Series:Veritas
Subjects:
Online Access:https://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/veritas/article/viewFile/1868/1398
Description
Summary:A filosofia moral tradicional estabelece o critério da posse da razão como exigência para a definição da pertinência ou não de um sujeito à comunidade moral humana, e, pois, a ser considerado digno de respeito ético e justiça. Contrariando a tradição moral, Kenneth E. Good-paster, Tom Regan e Paul W. Taylor redefinem a a constituição da comunidade moral e o alcance da justiça, estabelecendo a perspectiva dos que são afetados pelas ações morais, não a dos sujeitos morais agentes, como a referência para se tomar decisões éticas relativas à justiça. Enquanto a filosofia moral tradicional considera apenas a categoria dos sujeitos morais agentes, estes autores desdobram a sujeição moral em duas possibilidades: a da agência e a da paciência moral. Com este desdobramento, mantém-se a estatura dos agentes racionais como responsáveis pela moralidade, enquanto a vulnerabilidade às ações e decisões dos sujeitos morais agentes é levada em conta, permitindo a inclusão na comunidade moral e da justiça de interesses não-racionais, de animais e ecossistemas não-animados, por exemplo
ISSN:1984-6746