Pacientes internados em unidade de terapia intensiva que não adotam postura antigravitacional apresentam maiores chances de óbito

RESUMO Ainda há poucos marcadores de desempenho funcional com capacidade de predizer óbito em unidades de terapia intensiva (UTI). O objetivo do presente estudo foi identificar a associação entre a não adoção de postura antigravitacional e óbito em pacientes internados em uma UTI adulto. Trata-se de...

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Bibliographic Details
Main Authors: Gilmara Oliveira Santos, Rodrigo Santos de Queiroz, Cleber Souza de Jesus, José Ailton Oliveira Carneiro, Luciano Magno de Almeida Faria, Marcos Henrique Fernandes, Janilson Matos Teixeira Matos
Format: Article
Language:English
Published: Universidade de São Paulo 2019-09-01
Series:Fisioterapia e Pesquisa
Subjects:
Online Access:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1809-29502019000300235&tlng=en
Description
Summary:RESUMO Ainda há poucos marcadores de desempenho funcional com capacidade de predizer óbito em unidades de terapia intensiva (UTI). O objetivo do presente estudo foi identificar a associação entre a não adoção de postura antigravitacional e óbito em pacientes internados em uma UTI adulto. Trata-se de um estudo retrospectivo e analítico, realizado através da análise de prontuários. A associação entre a não adoção de postura antigravitacional e óbito foi testada por regressão logística múltipla ajustada por sexo, idade, gravidade da doença (mensurada pelo Acute Physiology and Chronic Health Classification System II [Apache II]), tempo de ventilação mecânica invasiva (VMI) e tempo de sedação. A odds ratio (OR) foi estimada com intervalo de confiança de 95%. Foram incluídos no estudo 92 pacientes sequenciais. Houve forte associação entre a não adoção de postura antigravitacional em UTI e óbito (ORajustada=37,7; IC=4,76-293; p=0,001). Conclui-se que pacientes que não adotaram postura antigravitacional durante o internamento em UTI apresentaram chances muito mais elevadas de mortalidade. Essa simples estratégia de classificação da capacidade funcional de pacientes críticos pode ser utilizada rotineiramente por equipes de saúde como uma variável simples e dicotômica de prognóstico de mortalidade em UTI.
ISSN:2316-9117