Morte e luta, silêncio e voz: o caso do assassinato do guardião indígena Paulo Paulino Guajajara, no Maranhão
O artigo objetiva analisar o caso do assassinato do indígena Paulo Paulino Guajajara, guardião da floresta na Terra Indígena Arariboia, no Maranhão, bem como seu contexto e seus desdobramentos na atuação do movimento indígena. Partimos do pensamento decolonial, relacionando-o aos conceitos de necrop...
Main Author: | |
---|---|
Format: | Article |
Language: | English |
Published: |
Universidade Federal Fluminense, Programa de Pós-Graduação em Antropologia
2024-01-01
|
Series: | Antropolítica : Revista Contemporânea de Antropologia |
Subjects: | |
Online Access: | https://periodicos.uff.br/antropolitica/article/view/56278 |
_version_ | 1797215211021664256 |
---|---|
author | Leandro Araújo da Silva |
author_facet | Leandro Araújo da Silva |
author_sort | Leandro Araújo da Silva |
collection | DOAJ |
description | O artigo objetiva analisar o caso do assassinato do indígena Paulo Paulino Guajajara, guardião da floresta na Terra Indígena Arariboia, no Maranhão, bem como seu contexto e seus desdobramentos na atuação do movimento indígena. Partimos do pensamento decolonial, relacionando-o aos conceitos de necropolítica e homo sacer, num cenário de estado de exceção. Além de discutirmos categorias, utilizamos técnicas da etnografia na recolha dos dados: observação, pesquisa de declarações públicas, documentos e arquivos digitais. O Maranhão se caracteriza como o espaço em que a colonialidade/modernidade desconsiderou as experiências e histórias locais de povos e comunidades – atingidas por tentativas de degradação, silenciamento e morte de sujeitos cuja humanidade fora desconsiderada. Nesse cenário, os indígenas, organizados em um movimento, articulam a luta por justiça e direitos. Assim, o assassinato de Paulo Paulino foi mobilizado pelo movimento indígena como instrumento de luta e enunciado como resistência à colonialidade. Atravessado por projetos de modernidade e pelo capital internacional, o Maranhão é também um espaço de decolonialidade, de enunciação de experiências que não têm lugar na lógica de modernidade lançada sobre esse espaço, seus recursos e povos. |
first_indexed | 2024-04-24T11:26:27Z |
format | Article |
id | doaj.art-2d4fdb36b08441b1a11e8c2c88633a24 |
institution | Directory Open Access Journal |
issn | 2179-7331 |
language | English |
last_indexed | 2024-04-24T11:26:27Z |
publishDate | 2024-01-01 |
publisher | Universidade Federal Fluminense, Programa de Pós-Graduação em Antropologia |
record_format | Article |
series | Antropolítica : Revista Contemporânea de Antropologia |
spelling | doaj.art-2d4fdb36b08441b1a11e8c2c88633a242024-04-10T13:45:09ZengUniversidade Federal Fluminense, Programa de Pós-Graduação em AntropologiaAntropolítica : Revista Contemporânea de Antropologia2179-73312024-01-01156https://doi.org/10.22409/antropolitica.i.a56278Morte e luta, silêncio e voz: o caso do assassinato do guardião indígena Paulo Paulino Guajajara, no MaranhãoLeandro Araújo da Silva0https://orcid.org/0000-0003-3238-2448Programa de Pós-graduação em Ciências Sociais, Universidade Federal do MaranhãoO artigo objetiva analisar o caso do assassinato do indígena Paulo Paulino Guajajara, guardião da floresta na Terra Indígena Arariboia, no Maranhão, bem como seu contexto e seus desdobramentos na atuação do movimento indígena. Partimos do pensamento decolonial, relacionando-o aos conceitos de necropolítica e homo sacer, num cenário de estado de exceção. Além de discutirmos categorias, utilizamos técnicas da etnografia na recolha dos dados: observação, pesquisa de declarações públicas, documentos e arquivos digitais. O Maranhão se caracteriza como o espaço em que a colonialidade/modernidade desconsiderou as experiências e histórias locais de povos e comunidades – atingidas por tentativas de degradação, silenciamento e morte de sujeitos cuja humanidade fora desconsiderada. Nesse cenário, os indígenas, organizados em um movimento, articulam a luta por justiça e direitos. Assim, o assassinato de Paulo Paulino foi mobilizado pelo movimento indígena como instrumento de luta e enunciado como resistência à colonialidade. Atravessado por projetos de modernidade e pelo capital internacional, o Maranhão é também um espaço de decolonialidade, de enunciação de experiências que não têm lugar na lógica de modernidade lançada sobre esse espaço, seus recursos e povos.https://periodicos.uff.br/antropolitica/article/view/56278morte e lutamovimento indígenadecolonialidadeterra indígena arariboia. |
spellingShingle | Leandro Araújo da Silva Morte e luta, silêncio e voz: o caso do assassinato do guardião indígena Paulo Paulino Guajajara, no Maranhão Antropolítica : Revista Contemporânea de Antropologia morte e luta movimento indígena decolonialidade terra indígena arariboia. |
title | Morte e luta, silêncio e voz: o caso do assassinato do guardião indígena Paulo Paulino Guajajara, no Maranhão |
title_full | Morte e luta, silêncio e voz: o caso do assassinato do guardião indígena Paulo Paulino Guajajara, no Maranhão |
title_fullStr | Morte e luta, silêncio e voz: o caso do assassinato do guardião indígena Paulo Paulino Guajajara, no Maranhão |
title_full_unstemmed | Morte e luta, silêncio e voz: o caso do assassinato do guardião indígena Paulo Paulino Guajajara, no Maranhão |
title_short | Morte e luta, silêncio e voz: o caso do assassinato do guardião indígena Paulo Paulino Guajajara, no Maranhão |
title_sort | morte e luta silencio e voz o caso do assassinato do guardiao indigena paulo paulino guajajara no maranhao |
topic | morte e luta movimento indígena decolonialidade terra indígena arariboia. |
url | https://periodicos.uff.br/antropolitica/article/view/56278 |
work_keys_str_mv | AT leandroaraujodasilva morteelutasilencioevozocasodoassassinatodoguardiaoindigenapaulopaulinoguajajaranomaranhao |