Suporte social, ansiedade e depressão nos doentes com sarcoma
Os sarcomas são tumores malignos raros, com origem no tecido conjuntivo ou no tecido ósseo, cujo tratamento mais comum é cirúrgico, ao que se associa a quimioterapia e/ou a radioterapia. O presente estudo, inserido no contexto de outro mais alargado, teve como objetivos descrever a perceção de sup...
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Format: | Article |
Language: | English |
Published: |
Associação de Enfermagem Oncológica Portuguesa
2014-07-01
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Series: | Onco.News |
Subjects: | |
Online Access: | https://onco.news/index.php/journal/article/view/133 |
Summary: | Os sarcomas são tumores malignos raros, com origem no tecido conjuntivo ou no tecido ósseo, cujo tratamento mais comum é cirúrgico, ao que se associa a quimioterapia e/ou a radioterapia.
O presente estudo, inserido no contexto de outro mais alargado, teve como objetivos descrever a perceção de suporte social e de ajustamento emocional dos doentes com sarcomas, bem como os seus determinantes sociodemográficos e clínicos.
Desenvolveu-se um estudo descritivo e transversal em dois contextos hospitalares do nosso país, numa amostra de 30 pessoas com sarcomas (ósseos e das partes moles), com uma média de 38 anos de idade e 10 anos de escolaridade, na sua maioria casados e empregados. Em termos clínicos, uma parte significativa da amostra (n=16; 53%) já tinha iniciado tratamento para a doença, como as exéreses cirúrgicas de sarcomas, metástases ou plastias cutâneas, ao que se associavam outros tratamentos complementares. Foram administrados os seguintes instrumentos: um questionário de caracterização sociodemográfica e clínica e as versões portuguesas da Escala de Apoio Social (EAS) e da Escala de Ansiedade e Depressão Hospitalar (EADH).
Os resultados indicaram que a amostra tinha uma perceção positiva sobre o seu suporte social e apresentava valores indicativos de ansiedade “ligeira”, não apresentando sintomas de depressão, embora alguns participantes da amostra se encontrassem com níveis de ansiedade moderada a grave, indicativos da necessidade de intervenções urgentes de cariz psicossocial.
Foi ainda evidenciada uma relação estatisticamente significativa entre as variáveis em análise e algumas variáveis sociodemográficas (como a idade, a escolaridade, o número de pessoas que coabitavam com os participantes da amostra e o seu número de filhos), mas não com as variáveis clínicas. Consideramos que estes resultados se devam essencialmente ao tamanho diminuto da amostra, pelo que sugerimos a continuidade do presente estudo no sentido de podermos confirmar estas e outras
relações entre as variáveis.
Julgamos que este estudo se apresenta como um primeiro olhar sobre uma problemática que carece ser aprofundada, no sentido da identificação de grupos vulneráveis e que necessitam de um maior acompanhamento pelos técnicos de saúde, desde as fases iniciais da doença e do seu tratamento. Os enfermeiros devem conceber e implementar processos de monitorização desses grupos vulneráveis e implementar terapêuticas ajustadas às suas reais necessidades.
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ISSN: | 1646-7868 2183-6914 |