Monika e o desejo
Alain Bergala propõe um olhar novo para Monika e o desejo (1953), um dos filmes mais célebres e influentes do cineasta sueco Ingmar Bergman. Para o crítico, Bergman não filma a história de amor entre os jovens Harry e Monika, mas constrói uma relação complexa e erótica entre personagens, atores, es...
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Format: | Article |
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Published: |
Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
2019-06-01
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Series: | Revista Eco-Pós |
Online Access: | https://revistaecopos.eco.ufrj.br/eco_pos/article/view/26388 |
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Alain Bergala propõe um olhar novo para Monika e o desejo (1953), um dos filmes mais célebres e influentes do cineasta sueco Ingmar Bergman. Para o crítico, Bergman não filma a história de amor entre os jovens Harry e Monika, mas constrói uma relação complexa e erótica entre personagens, atores, espectadores e o próprio diretor, um jogo de cumplicidades e rivalidades que só é possível graças à especificidade da arte cinematográfica, que exige a presença material de corpos em locais concretos para que possa se realizar. Filmado em um momento extraordinariamente fértil na história do cinema, Monika e o desejo se deixa invadir e permear pela realidade, furando o invólucro hermético da narrativa clássica para contaminar-se com o acaso e com o amor do diretor pela atriz Harriet Andersson, em cuja figura se amalgamam e se exibem na tela simultaneamente a mulher de carne e osso e a personagem sonhada.
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